ARTICULISTAS

O momento político

Do jeito que estão acontecendo os fatos, os pronunciamentos, as campanhas lançadas em afogadilho e de forma desesperada

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 30/08/2010 às 00:51Atualizado em 20/12/2022 às 04:33
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Do jeito que estão acontecendo os fatos, os pronunciamentos, as campanhas lançadas em afogadilho e de forma desesperada, quer seja quanto à rapidez ou quanto à forma, permanecer em silêncio torna-se mais sábio do que qualquer palavra que poderia ser balbuciada.

O momento político é de calar e ouvir, absorvendo cada gesto e cada palavra, para que penetrem em nossa mente e fiquem lá para sempre, pois dias como os que o Brasil vem enfrentando, de sorrisinhos e soluções ilusórias na telinha que faz “plim plim”, que aparece como se tudo já foi solucionado e estamos vivendo no paraíso, o silêncio é o melhor caminho.

Músicas ao fundo e belas imagens com sorrisos extravagantes durante a propaganda política, servem para encobrir a realidade da existência de muita pizza, revolta com a falência da saúde e da segurança, para não falar no aumento vultoso da impunidade, fazendo o povo brasileiro ficar descrente da política.

Mas não dá para ficar inerte eternamente, assistindo jovens e idosos sendo vacinados de forma letal contra a indignação por tudo que aí se encontra. Alguém tem que apresentar o antídoto à essa propaganda enganosa e mostrar que ainda possuímos a capacidade de reagir contra a corrupção, os maus exemplos do passado, a visão de que o brasileiro pode ser escorraçado, roubado, enganado e ainda assim “come banana e dá um macaco de presente”, conforme afirmou para o mundo um ícone do cinema americano...

Está na hora de pararmos para refletir que não são somente os políticos os únicos responsáveis por toda esta lambança que assistimos e vivenciamos. Nós eleitores, somos os reais culpados por escolhermos tão mal, e, numa Democracia, votar é fazer o próprio governo.

Mas, nós brasileiros ainda carregamos a péssima mania de votar naquele que nada faz, mas “é amigo”, existindo ainda os que votam naquele que seu patrão mandar, ou muitas vezes confirmam como candidato aquele que “é bonitinho ou bonzinho”, esquecendo que pelo voto a gente escolhe, de maneira definitiva e irrecorrível, aquele que vai “dar as cartas “ no comando do Brasil.

Mais uma vez corremos o risco de sermos responsáveis por eleger ou reeleger bandidos para nos governar, que continuam prometendo de forma conivente, obras monstruosas, encobrindo o desejo latente de desvio de dinheiro público. Estamos assistindo as declarações de eleitores que se deixam iludir pela política do “pão e da bolsa miséria”, que na hora de confirmar o voto fecham os olhos por não ter coragem de ver que trocaram seu voto por migalhas, quando deveriam também tapar os ouvidos e as narinas para não sentir o fedor da podridão política que na realidade é a maior, senão a única responsável pelo aumento do desemprego, da grande falta de moradia, do aumento da prostituição e do fortalecimento do tráfico.

Podemos sim, permanecer em silêncio, observação e vigilância constante para podermos, no dia das eleições reagirmos contra parlamentares corruptos e a “falsa política”, vivendo com a consciência tranquila de ter exercido a verdadeira cidadania, pois “consciência não muda nunca, acompanha a gente até o inferno”, como bem disse David Nasser, e dentro da cabine de votação é realmente o único lugar onde você é totalmente livre para escolher entre o certo e o errado.

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