É muito fino e tênue o fio que separa a paz da preocupação, o falso do verdadeiro, o bom do ruim, o político do politiqueiro.
Hoje a maioria das pessoas procura conhecimento através de mensagens da mídia, que às vezes são tão bem construídas e elaboradas, que passam uma ideia de autenticidade e firmeza.
Na grande maioria, a mídia televisiva e social ilude, apresenta Fake News, leva excessiva fantasia maquiando a realidade, para torná-la, às vezes, mais suportável.
Há seis meses, pelo menos de direito, temos um novo governo federal. Deus queira que sim.
Sabemos que é muito cedo para analisar com profundidade, mas devemos manter a esperança de que o “Capitão” saiba enxergar além do poder do Planalto, voltando seu olhar para o povo e suas necessidades.
Também sabemos que quanto maior o poder, maiores são as suas responsabilidades, maior será o trabalho, enfim, maiores serão as suas atribuições, mas o Brasil não pode esperar mais, pois já se passaram muitos anos de incompetência, desmandos, corrupção e desgoverno.
Chega de sermos apenas o país do carnaval, do samba e do futebol. Há muito mais no povo e na cultura desta nação tupiniquim.
Precisamos de um governante sensível, humano, inteligente, capaz de sentir na pele a esperança e, mesmo sendo teimoso, faça renascer a paz, a harmonia, o patriotismo, a verdade e a honestidade, todos os dias...
Devemos olhar para o Brasil como um corpo que depende de seus órgãos, que por sua vez depende de cada célula para formá-los.
Há pouco mais de 13 meses iremos eleger a pessoa que irá governar a nossa cidade por mais quatro anos. Pode ser que não seja o seu candidato, tampouco o meu candidato. Paciência. O importante é a vitória da democracia, o direito de refletir, escolher e votar com responsabilidade e consciência.
O poder tem certo preço. Vemos e sentimos em nosso dia a dia que é pesado em demasia para a maioria daqueles que administram, talvez por despreparo, covardia, letargia, falta de poder de mando, ou quem sabe por negociatas de cargos, a ganância pelo poder.
Se olharmos para nossa cidade, infelizmente, os homens capazes de administrá-la estão deixando o trono para os sonhadores e ilusionistas.
Lembrando Mary Oliver, (...) “enquanto isso, gansos selvagens voam de volta para casa, (...) não importando quão solitário esteja, o mundo se entrega à sua imaginação e o chama como chamaria os gansos selvagens, estridente e entusiasticamente – para repetidas vezes anunciar o seu lugar na família das coisas”.
(*) Articulista e Advogado