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O preço da corrupção

Fatos que aconteceram no findar de 2009 me levaram a refletir por horas e horas sobre o valor moral e atitudes de determinados tipos de seres humanos...

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 25/01/2010 às 01:04Atualizado em 20/12/2022 às 08:29
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Fatos que aconteceram no findar de 2009 me levaram a refletir por horas e horas sobre o valor moral e atitudes de determinados tipos de seres humanos, inclusive me transportando em pensamentos ao passado, há cerca de dois mil anos atrás, chegando à conclusão de que a vida realmente é cíclica, ou seja: "a história se repete". Analisando o comportamento de alguns entes consanguíneos e outros tantos que muitas vezes se dizem amigos, fui direto à civilização judaica do século primeiro, onde Judas traiu a Cristo entregando-o aos soldados romanos, na presença dos “fofoqueiros de plantão” da época, com um “carinhoso” beijo no rosto, chegando-se a conclusão que o “ato histórico” praticado por Judas Iscariotes, foi nascedouro da pior e mais repugnante doença que, também, assola o Brasil, que é o incurável "câncer da corrupção”.   Mesmo após gerações e gerações, o “estalo” ecoado dos lábios de Judas ainda continua vivo e impregnado em nossa sociedade, principalmente aquele “barulho” ensurdecedor das 30 moedas de prata que caracteriza o preço “rotulado e determinado” pela venda da vida de Jesus. Um fato me chamou a atenção quando analisava o comportamento dos homens de hoje e de outrora, é que pouca coisa ou quase nada mudou na personalidade humana. Assim como a palavra, a honra, a honestidade e a vergonha já existiam, mesmo que em pequeno número nos primórdios da raça humana, também o crime, a desonra, a corrupção, a imoralidade, a desonestidade a falta de caráter e a explicação ao inexplicável dominavam as sociedades da antiguidade. Voltando à realidade de nossos dias, é de se revoltar ao ver e sentir a presença da corrupção e do mau-caratismo em nossa cidade, Estado e principalmente em representantes “do povo” em nível nacional.   Para se ter uma ideia a epidemia incontrolável da corrupção em toda a sociedade brasileira e até mesmo nos meios por nós frequentados, chegou ao conhecimento público de que foi oferecido, há poucos anos atrás, por alguém que se intitula “letrado” e “diretor” de órgão público, “trinta mil reais”, o que certamente representa “trinta dinares” da época de Judas, simplesmente para que um ex-representante popular, não votasse em determinada pessoa, para chefia. Se olharmos em nível nacional, dentre os milhares de escândalos diariamente divulgados, um em especial me chamou a atenção, quando em reunião com prefeitos, o presidente Lula disse que “obras suspeitas de irregularidades, não devem ser paralisadas”, em uma confirmação evidente de que se esquece a ética, a moral e a honestidade e principalmente que se dane se o dinheiro público estiver sendo roubado, desde que seja para o “bem da campanha de Dilma Rousseff”.   A conclusão a que se pode chegar é que infelizmente, principalmente no Brasil, prevalece em quase todos os campos profissionais, mas com maior destaque dentre os políticos, os homens que gostam de se mostrar “espertos” com o significado de “malandragem”, infiltrando, ainda que de modo invisível, a “famosa Lei de Gerson” na Constituição, comprovando que a “sombra” da personalidade de Judas Iscariotes, ainda se faz presente nos dias de hoje.        

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