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O velho ano-novo

Todo final de ano fazemos tudo sempre igual. Não importa para onde vamos ou onde estamos...

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 04/01/2010 às 23:58Atualizado em 20/12/2022 às 08:43
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Todo final de ano fazemos tudo sempre igual. Não importa para onde vamos ou onde estamos. Sempre pensamos em como comemorar, refazer ou corrigir os erros cometidos, como se, dali para frente, apenas por um acordo com o calendário, surgisse uma luz de esperança para um mundo melhor.   Na última semana do ano, a cena se repete com os shoppings da cidade que ficam com seus corredores cheios, pessoas estressadas, correria para comprar vestes da cor que o horóscopo indica, mulheres e homens demonstrando ansiedade sem controle com os preparativos para as festas. A lista de guloseimas parece crescer a cada ano, deixando tristes lembranças no extrato bancário. Mas, todo ano os casais “planejam” fórmulas mágicas que nunca são praticadas, de como evitar as compras por impulso e não transformar a festa de réveillon em um grande pesadelo.   Em todos os lares as pessoas sabem que não deveriam se preocupar com roupas coloridas para dar sorte, saúde, ou dinheiro. De nada adianta a mesa arrumada com forro branco ou colocar cones recheados com uvas, lentilhas, castanhas ou nozes. Afinal, de que adianta irmos a um restaurante 5 estrelas e saborearmos o que existe de mais caro em matéria de requinte e valor, se a sua vida está cheia de problemas, dívidas, perdas e desilusões?  No início de cada ano deveríamos ter uma agenda nas mãos e escrever em todas as páginas um questionamento que pode significar o rumo a ser traçado nos 365 dias do ano que se inicia. Poderíamos questionar o quanto custa um bom e forte abraço, um sorriso, algumas palavras de agradecimento e um muito obrigado?!   No entanto, tudo se repete ao findar de mais um ano. Por muito que se tente, pouco pode ser feito contra a futilidade, daqueles que se crêem magnânimos e completos, mantendo a persistência e desejo de ostentar os cacos, sacrificando a estabilidade conseguida com o sacrifício de todos os entes queridos, somente para mostrarem-se nas fotos de colunas sociais. 2010 está aí! E a vida segue com o show que a própria vida preparou. Não dá para estancar a corrida do tempo, e com isto o tempo não para, sobrando somente a razão para afastar a ilusão de que alguém pode viver sem produzir, trabalhar e criar.   Afinal, já começamos a viver os primeiros dias deste novo ano e depois de tantos dias vividos, tantas lutas recheadas de derrotas, vitórias, empates e sonhos realizados, o que precisamos é olhar para trás e sentir orgulho da nossa história. O certo é viver cada momento deste ano que se inicia, como se a receita da felicidade fosse cada instante do presente, pois o futuro é consequência do que fazemos agora. Por isso sorria, pois não tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia.   Que 2010 seja realmente especial e que todos saibamos receber de Deus um pouco de Sabedoria para transformar tudo em experiência.    

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