Relendo os artigos, crônicas e relatos por mim escritos e publicados no Jornal da Manhã, selecionando-os para compor um dos livros que estão no prelo e pretendo lançar este ano, deparei com o artigo publicado em 29 de julho de 2013, intitulado “Zoológico Político”, chamando-me a atenção por continuar encaixando com os fatos atuais desta terra de Vigário Silva.
O artigo me trouxe à realidade, pois, além das “antas” (que me perdoem os animais, mas é somente no sentido figurativo), das “toupeiras” e dos “asnos”, esta semana tive o desprazer de encontrar alguns escorpiões, as najas (inflamando o pescoço e despejando o seu veneno) e um Jaboti escondendo dentro de seu casco, acovardando diante dos problemas.
Vi de perto a cascavel se deslocando de forma rastejante, tocando o chocalho de forma ignóbil e abstrata, indicando nos ouvidos do “Rei Leão Marinho”, que tem a “caneta” que define a pauta a ser cumprida, somente aqueles que são de seu interesse para serem banidos do “palácio”.
Encontrei também um grupo de animais apáticos e descompromissados com o zoológico em que vivem, dentre eles o “tamanduá”, os vários “pavões” – que só sabem aparecer gritando e abrindo seu “rabo” cheio de penas coloridas; algumas “borboletas; vários veados campeiros e bestas”, além das “abelhas”, que ocupam posições de destaque, mas quando não estão no ar, estão fazendo cera e cochichando asneiras nos corredores, naquele “zoom zoom zoom” característico dos lorpas e analfabetos quanto ao conhecimento que deveriam ter.
Pelo que se pode notar, aqui pelas bandas do nariz de Minas, o zoológico político está precisando de uma limpeza em suas narinas onde, com exceções de certos políticos, alguns assessores, uma corja de incompetentes, devem ser eliminados, assim como alguns lugares que estão infestados de “ratos de esgoto, ratazanas, sanguessugas, piranhas, tubarões, baratas, moscas e bichos preguiça”.
Já há algum tempo temos vivenciado que alguns políticos se sentem deuses antropomórficos sentados em seus "tronos", com suas barbas e até bigodes, governando numa monarquia divina, olhando os comandados como se fossem marionetes humanas, consultando lorpas sobre assuntos que decidem o melhor ou o pior, mas que devido à “burrice” dos “bobos da corte”, que cochicham nos ouvidos do “chefe” a decisão a ser tomada, "julgando" serviçais lançando-os em lugares de tormentos, protegendo outros numa eternidade contemplativa.
Espero que em outubro e daqui a dois anos, limpar o “nariz” de Minas Gerais, expurgar através do voto todos os “animais-politiqueiros”, observar os atos e seguir o exemplo do Prefeito Paulo Piau com seu verdadeiro discurso, que acolhe todas as opiniões válidas e analisa os contraditórios; alimenta de valores e pensamentos estruturantes, atento ao mundo, diminuindo os erros e cultivando a arte da reflexão que fundamenta as escolhas mais acertadas.