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Para os tolos que se julgam eleitos...

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 23/06/2014 às 11:40Atualizado em 19/12/2022 às 07:11
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Este texto é dedicado a todos os tolos que pertencem àquela minoria de pessoas que andam com os ombros sempre à altura do queixo e ligeiramente inclinados para frente. Pessoas que nos olham assustadas, com caras de “enfezadinhas”, com um ar esquisito e, se sorrirmos para elas, fogem ao olhar, aparentando semblantes chocantes, querendo esconder a estupidez.

Minha forma de pensar comunga com as palavras de meu amigo Padre Prata, descritas em seu artigo de ontem, quando critica a democracia que é exercida neste País, colonizado pelos portugueses e descoberto pelos índios, quando se refere a nossa liberdade de escolha dos candidatos que iremos votar. Ele, Padre Prata, tem razão. Somos obrigados a termos a liberdade e o “direito” de escolher o candidato imposto por aqueles que não queremos que tenham direito de escolher.

Mas afinal, como começar escolher um candidato? Essa dúvida pairou sobre mim por longos dois segundos, pois no mesmo instante veio à mente uma canção que foi tocada no “Rock in Rio” e que dizia: “A história não é feita só com sangue de heróis, não é raro encontrar um Judas entre nós. Não estou surpreso porque fui traído, ontem o cara era amigo, hoje é algoz. O que me espanta é a dor que a gente sente, mistura de tristeza, raiva e aflição, pois muito pior que o ataque feito pelo inimigo é o estrago feito pela traição”.

Salvo raras exceções, entre nós uberabenses existem aqueles candidatos que já se julgam eleitos, mas que deveriam receber nas urnas, o mesmo tratamento que a história mostra que o “Judas” recebeu. Começamos, mesmo antes de Cristo, com Brutus, que traiu Júlio César, que era seu “pai adotivo”, quando ficou a célebre frase: “até tu, Brutus?”. O traidor Brutus foi morto pelo general romano Marco Antônio. Judas Iscariotes, que vendeu o Messias por trinta moedas, entregou “sua presa” através de um beijo na face, como muitos fazem até hoje. Tem também Joaquim Silvério dos Reis, que traiu a Inconfidência Mineira e Tiradentes.

A primeira coisa que foi ponderada para fazer uma escolha acertada é a de excluir todos os “Judas” que tropeçamos pelo caminhar da vida. Encontramos aqueles que beijam a face e depois vendem seus leais companheiros com mentiras e “ofícios” “pedindo a cabeça daqueles que com eles convivem”. Existem também aqueles que fazem questão de apertar as mãos e com um sorriso de hiena que se prepara para abater sua presa, deixa escorrer pela boca, o veneno maligno de um Judas com espírito de deslealdade e caráter individualista.

Somos parte de uma sociedade traída pela maioria desses políticos safados e corruptos, que ganham as manchetes dos jornais, declarando que fizeram mundos e fundos e que descobriram a salvação de todos os problemas; que sem eles a história de uma cidade seria diferente, esquecendo serem eles seguidores daqueles que traíram o povo através da corrupção, apossando do dinheiro público.

Fica meu recado àqueles tolos que se julgam eleitos: “Por melhor que seja o teatro de um traidor, não adianta se esforçar para esconder a farsa. O tempo passa, logo aparece a trapaça; a sujeira vem à tona e todo mundo vê; a mente doente, que sem domínio mente tentando inutilmente fugir, deixa um rastro de alianças partidas e um passado de amizades destruídas”.

 

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