Comungo com a afirmativa de Luis Fernando Veríssimo de que “no Brasil parece não haver outra escolha entre ser bobo ou ser cínico”...
Comungo com a afirmativa de Luis Fernando Veríssimo de que “no Brasil parece não haver outra escolha entre ser bobo ou ser cínico”.
Começamos nossa história com um grito de “Independência ou Morte”, mas o Brasil seguiu pelo caminho do meio! Quanto mais o tempo passa, mais dependentes ficamos dos governantes arrecadadores de impostos que, por sua vez, mais mortes provocam com atos de banditismo, corrupção e desídia.
Dificilmente mudaremos nosso jeito, pois cultuamos duas frustrações: a dos que têm poder, mas não têm competência para exercer, e a dos que têm competência, mas não têm poder. Vivemos em uma sociedade onde dinheiro vale mais que honestidade, onde muito se fala em filantropia, mas só existe é “pilantropia”.
Diante do poder de massificação de informações provocada pelas redes sociais, pelas “notícias-noticiosas” dos discursos políticos, fica muito difícil lutar contra verdades tão mentirosas e brigar por mentiras tão verdadeiras.
Começo 2018 refletindo, pois tenho tantas perguntas sem respostas, que me chamariam de louco caso as fizesse.
2018 é mais um ano daqueles que surgem as “festas”, o “pão e circo”, com objetivo para reparar essa avalanche de desmandos e corrupção que assola o País. Tem carnaval, copa do mundo, eleições e, como todo ano, “feriadões” prolongados.
Quando vamos nos levantar contra esse estado de coisas insustentável?
Precisamos começar a fazer alguma coisa, precisamos protestar, exigir que usem o dinheiro público, que é composto da quantidade enorme de impostos que pagamos, em benefício do cidadão brasileiro e não contra ele.
Precisamos parar de fazer vista grossa para quem está nos enganando com vídeos e promessas mirabolantes que irão “salvar” o País, criando ilusões que trarão decepções por não realizar coisa alguma.
Precisamos aprender a votar melhor, a não esquecer o que os políticos aprontaram em seus mandatos, atuais e anteriores, para não votar mais neles.
Depende de nós, somos nós que colocamos esses senhores que nos iludem com falsas promessas, sorrisinhos nos lábios e tapinhas nas costas, no poder.
Não passam de impostores na política, são ladrões de sonhos, pois estudam e "interpretam" a vontade popular, adulteram e adaptam para vender ilusões, mas só querem é que todos sonhem e votem neles mais uma vez.
Já estão começando, em nível nacional, as promessas e vídeos na internet e na mídia vendendo o “eldorado”. É típico de quem usa de qualquer argumento para permanecer no poder, a qualquer custo. Prometem o que sabem que não tem como fazer ou que não vão fazer. Mas... Pouco importa. O que importa é eleger seus asseclas e reservar um espaço para si e parentes, em um futuro próximo.
“O fato de que muitos políticos de sucesso são mentirosos é reflexo do eleitorado. Quando as pessoas querem o impossível somente os mentirosos podem satisfazê-las.” - Thomas Sowel.
Marco Antônio de Figueiredo- Articulista e Advogado
Pós-graduado em Ciências Políticas pela UFSC