Querida Professora Terezinha Hueb de Menezes!... Seria muita pretensão de minha parte fazer parte do seleto grupo de amigos do primeiro escalão a prestar-lhe homenagens, principalmente, sabendo ser a senhora a dedicada mãe que sempre foi; a inspirada poetisa; a grande articulista e companheira de todos nós aos domingos no Jornal da Manhã; a escritora e Mestre no mais profundo significado da palavra, assim como conselheira e aquela inseparável amiga que enviava por e-mail ou dizia por telefone, os comentários e palavras de incentivo a este advogado metido a aprendiz da arte de escrever e que sente orgulho de ser articulista.
Se lermos a página 05 do Jornal da Manhã de ontem, assim como o de sexta-feira, dia 23 de maio, encontraremos parte de sua história relatada por seus amigos, seus filhos, netos, parentes, companheiros de trabalho e alunos, sendo tudo comprovado através de fotos que se tornam joias preciosas a serem guardadas em uma galeria especial da história de Uberaba, principalmente porque, na maioria das vezes, nas fotos e nos relatos nos é permitido brindar com a recordação daquele que foi seu fiel companheiro e que agora estará ao seu lado por toda eternidade, nosso inesquecível Professor Murilo Pacheco de Menezes.
Mesmo sabendo que não conseguirei escrever tudo que penso e desejo, pois a emoção cria um bloqueio às palavras que poderiam expressar meus sentimentos de respeito e admiração, mas não dá para permitir que o silêncio seja maior que as lágrimas “de inveja” que senti e sinto de Deus neste momento, por estar formando a mais bela, competente e inigualável Academia de Letras do Universo.
Fico imaginando a existência de um plano espiritual diferente deste em que vivemos, pois na casa de Deus Pai tem várias moradas, essa nova dimensão deve ser um lugar especial onde nós uberabenses nos encontraremos novamente e poderemos rever grandes mestres como Murilo Pacheco, Terezinha Hueb de Menezes, Edson Prata, Juvenal Arduini, Mario Palmério, José Mendonça, Bernardo Guimarães, Alaor Ribeiro, Aluizio Ignácio de Oliveira, José Mindlin, Ataliba Guaritá Neto, Orlando Ferreira – o “Doca”, meu pai, Ariovaldo Alves de Figueiredo, além de tantos outros imortais da cultura uberabense, que certamente estão se cumprimentando e nos vigiando “lá de cima”, para conferir se estamos praticando seus ensinamentos.
Minha eterna amiga e professora, certa vez em um dos vários e-mails que me enviaste, continha as seguintes palavras de Sócrates, as quais agora retribuo, pois são verdadeiras ao afirmar que as “amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida, e que bons amigos são a família que nos permitiram escolher”. Acrescento ainda que longe é um lugar que não existe quando se respeita e ama verdadeiramente.