Fatos indescritíveis para qualquer mente sã, estamparam as primeiras páginas do Jornal da Manhã durante a semana que findou
Que a Justiça seja feita
Fatos indescritíveis para qualquer mente sã, estamparam as primeiras páginas do Jornal da Manhã durante a semana que findou. São cenas repassadas minuciosamente por profissionais gabaritados e de credibilidade incontestável, que causaram comoção, náuseas, surtos de revolta contra os autores do bárbaro crime, e compaixão por aqueles anjinhos inocentes covardemente assassinados.
Os monstros que confessaram friamente os crimes praticados foram chamados de psicopatas nas reportagens da mídia jornalística, assim como nas mensagens enviadas por redes sociais.
Mesmo não sendo psicólogo ou psiquiatra, mas como um leitor curioso a respeito do assunto, já escrevi, neste espaço, sobre psicopatas. Em 2009, sob o título, “Psicopata, todos conhecemos um” e em 2012, “O político psicopata”.
Mais uma vez me atrevo a repassar o alerta de que não podemos nos descuidar, pois existem milhares de psicopatas camuflados no meio da sociedade e podem estar do nosso lado neste momento.
Os livros especializados no assunto nos ensinam que os psicopatas são falantes, charmosos, simpáticos, sedutores, capazes de impressionar e cativar. Sua capacidade de “parecer inofensivo é impecável”, pondo-se sempre como uma pessoa perfeita.
Para os psiquiatras eles são inteligentes, frios e manipuladores, sabendo fingir sentimentos, mas quando descobertos revertem o jogo, colocando-se sempre como vítimas ou mal interpretados.
Segundo livros sobre o assunto, o psicopata não é um doente mental, movendo-se só pela razão e a vontade de satisfazer plenamente seus desejos, mesmo que isso envolva golpes financeiros, roubos, furtos, estupros ou assassinatos, não apresentando sintomas de neuroses, alucinações, delírios, irritações ou psicoses.
Analisando, como cidadão, pai, avô, advogado e ex-professor de Direito Penal, o bárbaro crime cometido contra a jovem Izabella e os gêmeos de pouco mais de um mês de vida, quanto à possibilidade ou não de aplicar medida de segurança por serem os assassinos doentes mentais, fico com a análise da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, pós-graduada em psiquiatria pela UFRJ; Presidente da Associação dos Estudos do Distúrbio do Déficit de Atenção, quando afirma que: “o psicopata não possui nenhum problema cognitivo, a razão funciona bem e ele tem a capacidade plena de distinguir o que é certo e o que é errado. Segundo a psiquiatra, ele tem certeza que está infringindo a lei, mas não se importa com isso e até calcula os danos para saber o custo-benefício da ação”.
Para encerrar, pedimos a Deus que acolha as três pobres almas que tiveram suas vidas cruelmente tiradas, dando sabedoria e discernimento aos homens escolhidos para julgar os três homicídios qualificados e pela ocultação de cadáveres, fazendo com que se faça também cumprir a mais sagrada Justiça dos homens, pois a de Deus, certamente irá acontecer.
Marco Antônio de Figueiredo – Advogado e Articulista
marcoantonio.jm@uol.com.br