Escrevi alguns artigos e crônicas neste final de semana e agora tenho que escolher um para publicar. Escrevi sobre o homem chamado de “bicho do mato”, fazendo alusão à forma em que um amigo e historiador gosta de se referir a mim.
Fiz um paralelo sobre o livro “O Senhor Deputado” com a atual situação política brasileira. Em um artigo de três páginas, escrevi sobre quadrilhas que são formadas da noite para o dia, arrebanhando "tribos" de jovens das grandes e pequenas cidades, encontrando-se em cada uma delas um "chefe", de "celular" nas mãos, comunicando-se com o outro em um bairro diferente de seu domínio.
Escrevi sobre o líder “Coach”, que lidera pelo exemplo, mostrando que é capaz de promover um nível muito mais profundo de cooperação, tornando-se exemplo por estar continuamente buscando sua melhoria e excelência.
Mas, o silêncio da madrugada me inspirou a escrever alguma coisa diferente, filtrando os pensamentos a respeito da vida, do local de trabalho, das dificuldades que a sociedade muitas vezes nos impõe, da visão do desmoronamento da unidade familiar, enfim, da convivência com a falsidade, às vezes confundida com cortesia e, a sinceridade, na maioria das vezes confundida com grosseria.
Hoje, eu queria ter nas mãos palavras pesadas e duras porque, às vezes, elas nos mostram a melhor forma de encontrar as explicações do dia a dia.
Tento seguir em um caminho fixo, desviando de tudo que meu espírito alertar, buscando as respostas e o que desejo alcançar como objetivo, mesmo que para isto tenha que vencer os "monstros" que se solidificam na inveja e despeito daqueles que nos apertam as mãos diariamente, com sorrisos falsos, egocentrismos desatinados e promessas falsas e infantis.
Li certa vez que em um covil povoado por todas as espécies de cobras, quem arranca as presas vira minhoca e é rejeitado, assim como quem se nega a acolher as “determinações” impostas, é renegado e, quem sai dos padrões, corre o risco de ser envenenado.
Assim, no meio desta fantástica ilusão de diferentes serpentes, vejo um “batráquio” que emite “sons cavernosos”, ou seja, um sapo visto como presa, que não deixa de dizer o que pensa, que dá saltos altos de sinceridade, não obtendo a guarida necessária, tornando seu ato em uma luta de consequências dolorosas, fato este que acaba deixando de lado as cobras e astutamente se isola, saltando sobre as presas e cabeças triangulares daqueles rastejantes, machucando-lhes a consciência...
Assim, enquanto as serpentes despejam seus venenos tentando dominarem seus colegas e subalternos, correndo atrás de flash para serem vistos, assistimos de camarote que os únicos a se agonizarem por envenenamento perante a sociedade, são eles mesmos.