Neste último sábado reunimos um grupo de casais amigos, na casa do Dino Roberto Oliveira e Monica Senna, de forma descontraída, sob regras severas de em nenhum momento falar sobre trabalho ou problemas cotidianos.
Nunca 12 horas se passaram tão rápidas! Como em um espaço físico delimitado pode reunir tanta felicidade e bons momentos? Tudo que se falava ou comentava era motivo para sorrir e fotografar para eternizar aquele momento.
Mesmo tendo começado no período da manhã, ao despedirmos de Murilo, Ceci, Monica, Dino, do “cantor e violonista” Clayton, sua esposa Renata e mais uma “penca” de crianças, já tarde da noite, muitas ideias e fatos surgiram como flashes, provocando um sorriso solitário e uma saudade instantânea.
Aquele momento nos trouxe à mente um artigo que há muitos anos atrás constava do jornal Estado de Minas, escrito pelo articulista Antônio Roberto, que dizia ser impensável viver intensamente, sem relacionamentos de amizade, de coleguismo e de família, pois viver é relacionar-se.
Ao chegarmos em casa, enquanto aguardávamos a nossa filha Samara que tinha ido ao Shopping com amigas para patinar no gelo, Regiana e eu conversamos por longo tempo sobre a importância de como lidar com as pessoas para nos aproximar mais da felicidade do dia a dia. Reuniões como aquela na casa do Dino mostram que o bate papo, o disse me disse, as músicas cantadas em um desafino total, regidas sob um descompasso de ritmo e batuque sonoro extraído do fundo de um balde de plástico, também servem para suprir nossas necessidades de afeto, de inclusão, de amar e sermos amados, de brincar, de partilhar, respondendo e correspondendo a um equilíbrio emocional invejável.
Tem um ditado popular grego que diz: “quem tem amigos não fica louco”. Assim, trazendo para a nossa realidade e analisando tudo que aconteceu na tarde/noite do dia três, comprova-se que a amizade é altamente terapêutica e que durante todo o tempo em que estivemos presentes no churrasco regado aos ‘desafinos’ e descompassos musicais, encontramos verdadeiros amigos, pois ficávamos alegres com a alegria dos outros, uns ajudavam os outros nos afazeres exigidos pela ocasião, sem necessidade de pedidos, súplicas ou insistência e, isto é difícil de acontecer, já que vivemos numa sociedade altamente competitiva, onde é quase impossível ver alguém vibrando com o sucesso do outro.
Lembrando o articulista do Jornal Estado de Minas ao afirmar que uma das condições para sermos felizes é a capacidade de viver intensamente cada relacionamento no momento presente, ou que a vida é para ser vivida e não para ser conservada, pois privilegiamos a posse e nos esquecemos do usufruir, nós chegamos, Regiana e eu, à conclusão de que devemos esquecer os modelos, estereótipos e conceitos sobre as pessoas com as quais convivemos, principalmente as imagens que inconscientemente fazemos delas, assim como temos que deixar de pensar sobre o que elas podem pensar sobre nós, pois inconscientemente temos um modelo perfeccionista de como as pessoas devem ser.
Para completar o fim de semana, tivemos a oportunidade de passar momentos alegres na companhia da jornalista Renata Vendramini, Dr. Wilder e Dr. Wagner do Nascimento Junior, participando de uma festa no bairro rural da Baixa e de um almoço regado a bons diálogos e planos consistentes, demonstrando que a instituição da amizade é sagrada na nossa vida, conquanto nos ajuda no caminho do autoconhecimento, no crescimento enquanto pessoa e solidificando o dito popular grego que afirma que “quem tem amigos não fica louco”.
Marco Antônio de Figueiredo
Articulista e Advogado
Pós-Graduado em Ciências Políticas pela UFSC
marcoantonio.jm@uol.com.br