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Radares: como se vê, nada a ver

Tudo é sempre igual. Acordamos e lemos sempre as manchetes sangrentas, acidentes espetaculares, crimes violentos, escândalos e mais escândalos praticados por políticos, para não falar nas interminávei

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 19/10/2009 às 09:11Atualizado em 20/12/2022 às 09:59
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Tudo é sempre igual. Acordamos e lemos sempre as manchetes sangrentas, acidentes espetaculares, crimes violentos, escândalos e mais escândalos praticados por políticos, para não falar nas intermináveis promessas que não passam de incertezas e mentiras. De certa forma, somos os responsáveis por essa decadência cultural, pois a maioria da sociedade brasileira anda mais preocupada com o capítulo da novela das nove e com a vida particular dos famosos, do que com a vida econômica, social e política de nossa cidade e do nosso país. Até mesmo nas associações de classe que deveriam se preocupar com o coletivo, a maioria dos líderes - a cada dia - demonstra que está ali para alcançar status e conseguir vantagem pessoal em detrimento aos interesses coletivos. Aqui, no “sertão da farinha que voltou a ser podre”, existem fatos que poderiam ocupar vários e vários destaques no livro de recordes. Chega a ser revoltante o “carnaval” que se faz com anúncios fantasiosos de que “agora” alguém está olhando para o bem geral da cidade, discordando de “seu chefe” e “dono de suas ideias”, replicando e triplicando pelos quatro cantos que isto não pode e não vamos permitir que aconteça. O “baile acontece”, o “trombone sopra”, as “colombinas e pierrôs” se enfeitam perante as câmeras, os “palhaços e membros da Corte” fingem que vão esperar o momento certo e a ajuda de técnicos especializados, mas na prática, como tudo que acaba na quarta-feira de cinzas, Uberaba ganha, misteriosamente, nas esquinas, ruas e avenidas, máquinas fotográficas que enchem de flashes que engordam a mais vil, moderna e rentável das indústrias instaladas “naquela” cidade que um dia foi respeitada e admirada como a mais bela do Triângulo Mineiro. A verdade é que a preocupação maior que se deixa transparecer é com a venda das fotos por uma empresa paraquedista e parasita do corpo de nossa sociedade. Existe sim, uma vontade maior com a “venda” e não com a vida, pois foram instaladas estas máquinas “caça-reais” em locais onde nunca houve um único acidente sequer, portanto como se vê, nada a ver. “Alguns” fingem que vão esperar, mas continuam instalando a “todo vapor” os “caça-reais”, enquanto outros fingem acreditar que os “bobos da corte das Colombinas e dos Pierrôs” paguem os tributos aos “Reis”, à espera do aparecimento de um “Robin Wood” de verdade.    Advogado e Articulista marcoantonio.jm@uol.com.br-  

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