Tirei alguns dias para reler artigos, crônicas, poemas e contos dos articulistas do Jornal da Manhã nos últimos três anos.
Dentre muitos, reli com muita saudade os artigos e crônicas do inesquecível, imortal e grande amigo Padre Prata; poemas, relatos das igualmente imortais da Academia de Letras do Triângulo Mineiro, a “Poeta Del Mundo” (com “P” maiúsculo), Arahilda Gomes Alves..., e crônicas de Aní/Iná e do meu “padrinho” e professor Dr. João Eurípedes Sabino, atual presidente da ALTM.
Neste mundo conturbado, onde vemos discordâncias, conflitos, corrupção, guerras, depressões, vaidades, desesperos, suicídios, homicídios, etc., espalhados por todos os “confins” do planeta, vem-me à mente a imagem de Padre Prata.
Lembro-me como se fosse hoje vê-lo sentado, olhando para mim, ali no Pesque Pague, comentando comigo sobre o artigo escrito “A Civilização do Medo” – 02/2019, de sua autoria, afirmando que “todo esse mundo nos afeta psicologicamente, pois vivemos assustados, tensos... À noite, o barulho de uma moto nos deixa de sobreaviso. Não andamos sozinhos. Cada garoto malvestido é olhado com suspeita. E assim lá se vai a nossa paz”.
Continua ele: “Se o medo caracterizou nossa infância, a realidade hoje é muito pior. Nossos medos continuam muito mais intensos e neurotizantes. Temos medo de tudo, dos castigos divinos, da morte, do câncer, do H. pylori, do colesterol, do Aedes aegypti, do Alzheimer, das doenças em geral.
O pior é que, muitas vezes, sentimos medo de sentir medo...
Deu um nó na garganta agora... Respiração ofegante e um turbilhão de imagens passam por minha mente, fazendo com que eu reflita sobre a estupidez da invasão na Ucrânia, o genocídio escancarado e verdadeiro por aqueles rincões...
Chega a dar ânsia ao constatar as milhões de mortes provocadas por experimentos, ditos científicos, que provocam mutações de vírus ou prováveis curas; a ganância e a psicopatia desenfreada daqueles que ocupam posições de liderança...
Padre Prata realmente “enxergava” muito além do tempo... Sentia que o seu agora, ao escrever “A Civilização do Medo”, já era o amanhã que vivenciamos hoje.
Os primeiros raios de sol já surgem no horizonte e tenho que me preparar para mais um dia e, quem sabe, conquistar mais um degrau em busca da felicidade e a perfeição dentro dos limites humanos.
Felicidade e perfeição... estas palavras me fazem lembrar um artigo de Aní/Iná que diz: “Sabemos que a felicidade anda de mãos dadas com a simplicidade e que exige energia e comprometimento. Ter uma vida simples é ter propósit aquele que tem tempo para a família encontra espaço para um hobby, tem um olhar afetivo e saudável nos relacionamentos, longe de falsos status e rotulagens, veste-se de si mesmo e olha a vida com ventura. O homem feliz é o homem perfeito!!!
Então... “Bora” ser feliz em busca da perfeição!!!
Marco Antônio de Figueiredo
Articulista do Jornal da Manhã