Páscoa, festas, visitas, viagens, ansiedade, muito chocolate, feriado e o mais importante, muito tempo para reflexões.
Afinal, por que tanto sangue derramado nas primeiras páginas dos jornais? Por que dar tanto destaque aos acidentes, à vingança, aos monstros travestidos de humanos, aos criminosos que se comportam como hienas e ratos de esgotos, quando se podia dar destaque às obras e realizações positivas do nosso dia a dia?
Por que colocar nos pedestais da fama, glorificando o chefe da gangue ou pormenorizando e detalhando a cartilha praticada, dando divulgação de que a “operação” foi um sucesso, incentivando o crescimento dos atos criminosos, desfazendo do trabalho árduo de nossos policiais, afirmando no final da reportagem que, como sempre, ninguém foi preso?
Por aqui, na Terra de Major Eustáquio, segue o mesmo que se fazia desde os primórdios tempos, ou seja, procurar um bode expiatório para tudo que se faça ou se julgue condenável por aqueles que não fazem nada, mas que não podem ver um microfone à sua frente, ou “uma caneta” com poderes de divulgação nos meios de comunicação, que logo vão fazer discurso criticando o que foi feito. São, na maioria das vezes, pessoas frustradas por não conseguir uma “teta” para se acomodar e tirar seu “leitinho”, com pouco ou nenhum esforço, do “caldeirão da eterna viúva”.
Delfim Neto sempre afirmou que os críticos temporários, que apontam um fato isolado e batem até sentir o gostinho do “sangue” de seu adversário político ferver, ao ponto de conseguirem uma teta no serviço público. Isso relata um pouco sobre a visão do imaginário do brasileiro, onde a maioria acredita que só vai subir na vida se tiver alguma mamata, como funcionário público, que só quer ter “do bem bom” e não trabalhar, mas no final do mês receber um gordo salário.
Lendo uma reportagem da jornalista Cristina Rodrigues, concordamos com ela quando afirmou que política hoje, para maioria das pessoas, é sinônimo de corrupção, de mamar nas tetas do governo, de gente suja e baixa, que faz qualquer coisa para se dar bem. Por sua vez, discordamos veementemente da mesma jornalista quando da afirmativa de que esse asco à política veio de uma campanha ininterrupta dos meios de comunicação, tentando enfiar na cabeça das pessoas, que política é uma coisa ruim.
Pensamos que o cidadão que fechar os olhos para os fatos políticos de sua cidade, estará perpetuando a safadeza, pois devemos denunciar os atos de corrupção, as falsas promessas politiqueiras, o esbravejar sem motivo daqueles que somente querem aparecer na TV Câmara. Temos que ter consciência de que a ignorância prejudica a democracia, pois discutindo política e falando a respeito dos erros encontrados, é que tornamos a vida comum melhor e nossa Uberaba mais limpa, mais correta e mais desenvolvida.
Refletindo nestes dias chegamos à conclusão de que em Uberaba elegemos de forma correta quem pode gerenciar nosso cotidiano, através de políticas públicas que estão chegando diretamente a cada cidadão.