Em um país onde uma autoridade do Judiciário chega a proibir o uso da Bandeira por considerá-la “símbolo de um provável candidato”, o que podemos esperar de alguém que se diz brasileiro, mas que na verdade nasceu e vive nos Estados Unidos da América?
Aqui, pelas bandas do território tupiniquim, legalmente, ultrajar o estandarte do Brasil não é mais crime, já que a lei que condenava o ato foi revogada em 2021, graças ao nosso “competente e dinâmico” amontoado de legisladores “socados” no Planalto Central.
Talvez, animada pelo incontestável patriotismo de uma parte dos brasileiros, que choramingam por perderem as tetas que jorravam milhões de reais em pagamento aos shows de estrelas nos palcos manchados de vermelho, uma cantora medíocre, americana, mas que já recebeu quase dois milhões de reais da Lei Rouanet, que só atingiu discutível fama irrisória, graças ao finado pai, João Gilberto, e do tio Chico Buarque, que, diferentes dela, possuíam talento, apesar do comportamento de ambos, muitas vezes de forma tacanha, antipática e deselegante.
Esta despreparada, conhecida como “Bebel Gilberto”, durante um “show”, em San Francisco, para brasileiros residentes nos EEUU, é claro, recebeu de um dos fãs a Bandeira do Brasil, a qual jogou no chão, esfregou, pisoteou e ainda zombou do patriotismo daqueles que respeitam os símbolos de nosso país.
Ao assistir tal ato de estupidez desta infeliz – no mais profundo sentido pejorativo da palavra –, como respeitar essa “aborrecente” de quase 60 anos, que se diz “artista”, mas pisou e esfregou no chão o símbolo máximo de uma nação, que compunha mais de 90% de sua plateia?
Com todo respeito ao enorme talento do pai da “artista”, o imortal pai da Bossa Nova, e da denominada cantora e compositora, jamais cabia tal atitude tão agressiva contra toda uma Nação.
Se está inconformada com o corte de verbas pelo atual governo federal, e Bebel Gilberto já captou R$1,9 milhão da Rouanet, poderia ter feito o uso moderado de palavras para repelir o que considera injusto, mas nunca faltar com o respeito ao maior símbolo deste país abençoado por Deus.
A reação impensada e de desequilíbrio é um comportamento injustificável, quanto mais publicamente, onde a caracterização de ofensa grave a um símbolo nacional foi divulgada por todo o planeta.
Bebel, ninguém está acima da Lei. Nem os grandes músicos, autoridades e celebridades. A regra é clara, igual para todos, pelo menos deveria ser.
A vida é uma constante reciclagem, Bebel Gilberto, mesmo àqueles com 60 anos de longa estrada nos palcos. Já passou da hora de saber que respeito à terra em que seu pai nasceu e de mais de 220 milhões de pessoas é bom e necessário!
Marco Antônio de Figueiredo
Articulista do Jornal da Manhã