Seguindo seus conselhos
Em agosto, aconteceram coisas corriqueiras e outras que me marcarão para a eternidade. Superstição ou não quanto ao mês de agosto, o demônio estava solto com sorrisos e tapetes sendo puxados em forma de vaidade pessoal.
Alguns fatos me fazem voltar à infância, quando meu pai aconselhava a guardar minhas opiniões. Dentro da rebeldia da juventude, não obedecia. Hoje, com os cabelos grisalhos, tenho a convicção que esse foi um dos conselhos mais acertados que meu saudoso pai me deu nos 58 anos que com ele pude viver.
Lembro-me que, após ler minhas crônicas e colunas publicadas no JM, ele dizia que, assim como ele, eu era polêmico. Havia uma admiração que externava através de um brilho nos seus esverdeados olhos, nas trocas de ideias que se alongavam por horas ao redor da mesa da copa, muitas vezes na presença de sua inseparável companheira, minha “mãezinha”.
Às vezes, por ter seguido à risca seus conselhos, consegui alguns inimigos no folhear das páginas da vida, quer seja na política ou nas vitórias alcançadas na profissão, mas isso não me assusta.
No andar da carruagem da vida encontramos aqueles que sofrem de “baixa autoestima” e precisam ser exaltados e tratados como crianças. Mas as coisas são como são e, muitas vezes, nós temos que nos adaptar às regras, temos que usar a inteligência para tornar as coisas aceitáveis lutando contra aqueles que facilmente se deprimem, machucam e na maioria das vezes, perdem o incentivo. Mas nada vai fazer com que dê vontade de “chutar” as coisas para o ar e depois catar os pedaços, só por causa de atos dissimulados.
Manipular boas maneiras é o que aprendi com meu pai, sabendo se comportar com galhardia quando vê fatos diferentes daquilo que se apregoa.
Aos sessenta anos de vida, tenho minha personalidade moldada, sabendo participar de qualquer peça teatral junto com convidados que sabem sorrir para a plateia e partir para a “galera”.
Um homem de caráter consegue suportar e sair vitorioso em qualquer bombardeio, até mesmo do chamado “fogo amigo”, que às vezes quer destruir o ânimo ou a vontade de resolver os problemas apresentados no dia a dia.
O certo é que, como mineiro não vamos dizer o que fazer ou o que vamos fazer, fingimos não saber aquilo que sabemos, escutando muito, passando por bobo para não dar bobeira, só acreditando na fumaça quando se vê o fogo, gostamos de política e amamos a liberdade; temos a simplicidade, a pureza, a humildade, a coragem, a bravura e talvez por tudo isto, por não comungarmos com o errado, as estrelas de nossa patente de general, está cada vez mais brilhante e tremulante, por sermos o elo de confiança do alto comando.
E como “general”, relembro o que já disse nesse espaç “Começou a disputa política em todo o Brasil e Uberaba tem uma oportunidade ímpar de ganhar este jogo e caminhar rumo ao paraíso do progresso, ficando lado a lado do governo estadual, como fez Uberlândia nos áureos tempos de Rodon Pacheco”. Vamos votar em candidatos que realmente amam Uberaba!