Sentimentos do coração
Sábado! Aqui na princesinha do Triângulo, o dia amanheceu garoando, com vento frio, próprio para colocar fim nos planos para este sábado, mas que, por outro lado, me inspira a sonhar, pensar e escrever.
Sei que não estou inspirado a escrever uma crônica ou mesmo um artigo. Pelos batimentos do coração e o calor que sobe pelo corpo, certamente será uma declaração de amor a uma mulher que a cada dia solidifica um sentimento inspirador e inovador em meu mundo.
Agora, vendo-a dormir, penso que, mesmo sendo egoísmo, gostaria de tê-la conhecido há muito mais tempo e refazer seu passado só para ter sido seu primeiro e único namorado, dado o primeiro beijo e o primeiro a falar “eu te amo”.
Um texto de Shirley Araújo vem de encontro ao que acontece comigo agora, ou seja, o gosto de viver uma história simples, com sentimentos sinceros e momentos de carícias com intensidade. Tudo nos leva a viver um amor diferente, de cumplicidade, de verdadeiros amigos, sem cobranças e com muito respeito.
Imagino agora entregando um buquê de flores e ver seu sorriso irradiante, seu jeito menina, seus gestos delicados que me fazem apaixonar.
A todo instante te encontro nos poemas de Cazuza quando dizia que “quando a gente conversa, contando casos e besteiras ... tanta coisa em comum, deixando escapar segredos... eu nem sei que hora dizer... Me dá um medo ... mas é que eu preciso dizer que eu te amo”. E como é bom amar! Amar de verdade, sem posse e sem grades e amarras, permitindo-me a surpreender a cada instante, a cada descoberta de que valeu a pena esperar tanto tempo para te encontrar.
Não dá para descrever o sabor de seus beijos, mas é bom demais sentir teu abraço, teu calor, receber teus carinhos, ouvir palavras que me confortam e me fazem bem, e o mais importante, te olhar e saber que você existe.
Vinicius de Moraes deve ter experimentado um sentimento semelhante a este que sinto ao me inspirar e escrever: “Se você quer ser minha namorada, ai que linda namorada você poderia ser. Se quiser ser somente minha, exatamente essa coisinha, essa coisa toda minha, que ninguém mais pode ser. Você tem que me fazer um juramento, de só ter um pensamento, ser só minha até morrer. E também de não perder esse jeitinho de falar devagarzinho, essas histórias de você. E de repente me fazer muito carinho. Porém, ser mais do que minha namorada, você quer ser minha amada, mas amada pra valer, aquela amada pelo amor predestinada, sem a qual a vida é nada, sem a qual se quer morrer? Você tem que vir comigo, os seus olhos têm que ser só dos meus olhos e os seus braços o meu ninho, no silêncio de depois. Você tem que ser a estrela derradeira, minha amiga e companheira, no infinito de nós dois”.
Minha Baixinha, quero sempre sentir a mesma sensação que senti quando te conheci, fazer parte de sua história enquanto você escreve os melhores momentos da minha vida, enquanto aproveitamos cada momento e fazemos com que sempre pareça uma eternidade!
(*) Marco Antônio de Figueiredo – Advogado e articulista