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Ser pai é muito mais que...

Sempre que ouço a música composta por Sérgio Bittencourt em homenagem a seu pai, o genial Jacob do Bandolim

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 09/08/2010 às 00:12Atualizado em 20/12/2022 às 04:57
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Sempre que ouço a música composta por Sérgio Bittencourt em homenagem a seu pai, o genial Jacob do Bandolim, não me canso de afirmar que sou um homem abençoado por Deus, pois naquela mesa ele, meu querido pai, senta e me diz sempre o que é e como viver melhor. Naquela mesa ele conta estórias e “causos” que escuto com toda atenção, pois ficarão para sempre na memória, como lições de vida.

Ter a presença de nosso pai é uma benção, assim como é indescritível a sensação de ser pai. Um verdadeiro pai é não ser apenas um “pai biológico”, um reprodutor que mal reconhece o filho como fruto de um momento de prazer, ou que contrata babás e pensa que pode comprar com presentes mil, a falta do companheirismo e ensinamentos de uma trajetória de vida.

Ser pai é muito mais que ter um filho ou uma filha. Ser pai é procurar sempre cumprir com seu dever de homem para dar bom exemplo. É ser humilde e “engolir seco”, mesmo em determinados momentos em que tem vontade de se exaltar e “explodir”.

Ser pai é saber chorar escondido e bem baixinho para não deixar transparecer fraqueza, ou que está com o coração dilacerado, porque teve de comportar como um juiz inflexível na hora de educar e corrigir seus filhos, diante dos erros cometidos. É ter sempre uma palavra orientadora, desde a terna infância até a fase adulta, passando noites e noites sem dormir para entender os segredos da vida e transmitir os ensinamentos aos seus filhos.

Ser pai é ter forças sobrenaturais, mesmo estando sem forças após ser sugado pelos anos de vida ou pelo desgaste do trabalho, conseguindo energia para distribuir energia e sabedoria, mesmo sendo considerado por seus filhos, como o mais desatualizado dos seres viventes.

Sílvia Schmidt dissertando sobre o assunto, chega à conclusão que um pai de verdade não impõe uma profissão ao filho, orienta-o para conseguir sucesso com sua real vocação.

No mundo encontramos todos os tipos de pais. Aqueles que adotam e aqueles que abandonam. Aqueles que são pais por amor e os que passam pela paternidade por acaso ou por descuido. Existem aqueles que dão amor e os que só dão presentes. Existem os pais que encaminham, afagam, ensinam e sofrem com o sofrimento dos filhos, mas também têm outros que esquecem e rejeitam os filhos; que não têm tempo para ensinar e nem se preocupam onde e com quem estão seus filhos. Tem pai que nem mesmo sabe que é pai, enquanto outros sabem e negam a paternidade para não dividirem seus bens materiais ou para não “mancharem” sua fama populista.

Ser pai não é simplesmente inserir o nome em uma certidão de nascimento ou dependurar um crachá no pescoço. Tem “que ser muito mais que amigo. Tem que ser herói”. Tem que ser exemplo. Tem que ser presença na vida, para que os filhos sigam seus passos e caminhem em paz.   

  

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