Fim de ano. Tudo sempre igual! Uns se preocupando em comprar roupas conforme a supertição e a imposição comercial dos países capitalistas, de que calcinha branca implicará em paz o ano inteiro, assim como cueca amarela significa que vamos ter a mesma sorte de vários políticos flagrados pela imprensa com a sunga abarrotada de dólares, ou ainda, se usarmos uma roupa dourada ganharemos na mega sena tantas vezes quanto o deputado João de Deus.
Quanta estupidez! 2014 promete ser muito semelhante a 2013, mudando somente o impacto da realização da Copa do Mundo de Futebol. Quanto ao aspecto mundial e no dia a dia quase nada sofrerá alteração.
Li em algum lugar que os culpados desta libertinagem exposta na mídia são Adão e Eva ao renunciarem aos privilégios do paraíso, restando para nós, o espírito da cobra malvada, induzindo os humanos, em especial a classe política, a serem espertalhões ou aplicarem indiscriminadamente a “Lei de Gerson”, tirando vantagem de tudo que se encontra pela frente.
Diante deste carnaval de pensamentos, parei para refletir sobre as retrospectivas de 2013 apresentadas pela mídia. Concentrei nas palavras de Rui Barbosa ao afirmar que “a imprensa é a vista da nação. Por ela é que a nação acompanha o que lhe passa perto e ao longe, enxerga o que lhe ocultam e tramam, colhe o que lhe sonegam, ou roubam”.
Diante do princípio de que a imprensa é os olhos, ouvidos ou o que tudo fala em nosso País, as retrospectivas pela TV, das principais revistas, jornais e rádio, deixaram todos como a música de Gabriel Valim, ou seja, pira... piradãos!
Uma hora de jornalismo e o que se vê?... Mortes, desgraças, assaltos, tiros, desastres, crianças mortas, invasões, rebeliões, crescimento da criminalidade e descaso dos agentes públicos. Mas... Tiveram “duas notícias boas”, sem características sanguinárias: parte da quadrilha do “Ali Babá e os 40” foi condenada e presa e a segunda – Anita cantou com o “rei” Roberto Carlos, na Venus Platinada. Olhem que “beleza”!... Grrrrrr!!!
Após assistir uma dessas “espetaculares” retrospectivas, levantei correndo para ver se não estava escorrendo sangue pelo monitor da TV, ou se o carro da funerária, ambulâncias do SAMU, carros da polícia e corpo de bombeiros não estavam em frente à minha casa face às quantidades de tragédias divulgadas em tão curto espaço de tempo. Parei... E, em oração, agradeci a Deus por estar vivo... E prometi a mim mesmo que só vou ligar a televisão no ano que vem.
Mas é fim de ano, é tempo de sonhar... E sonhar é fantástico, é o que nos renova a cada dia, para nos levantar e seguir adiante! A grande maioria dos sonhos nos acompanha a vida toda, exigindo reflexões sobre nossos atos, mudanças muitas vezes radicais sobre nosso comportamento e ansiedade, decisões e ações implacáveis.
Fim de ano... Tempo de reflexão... Mesmo que a conclusão não alcance o que foi desejado em dezembro de 2012, não é este o momento de condenação e sim de mudança e disposição para superar medos e dificuldades. Afinal, depois de amanhã começa o próximo ano! Feliz 2014 a todos!!!