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Sonhada Independência

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 05/09/2011 às 23:46Atualizado em 19/12/2022 às 22:28
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Nesta semana comemoramos o grito de Independência bradado por D. Pedro I e me veio à mente uma mensagem eletrônica, em que analisava a situação de liberdade e libertinagem na condução política de nossa Nação.

A mensagem alertava para que todos nós possamos ver que o Brasil é grandioso. Forte, democrático, independente, saudável, e inigualável. Tinha tantos predicativos e visões positivas do Brasil que certamente São Pedro sentiria ciúmes deste País se comparado com o Paraíso celeste.

Diante de tantos elogios vamos relembrar o som que ainda ecoa em nossos ouvidos quando D. Pedro I, em 1822 gritou “Independência ou morte”, pois todos nós sabemos que viver simplesmente por viver, sem independência e liberdade, é o mesmo que encontrar com a morte.

Um de nossos símbolos, o Hino Nacional, descreve não só o brado de independência como também homenageia nossa Bandeira, que por sua vez sintetiza nossa Nação.

Mas e hoje, em pleno século XXI, podemos comemorar a tão decantada e sonhada liberdade banhada por aqueles brilhantes raios fúlgidos de outrora, às margens do límpido rio Ipiranga?

Nas manchetes dos jornais é estampado diariamente o crescimento vertiginoso da violência, da destruição familiar, da adoção cada vez maior dos menores pelo tráfico e prostituição infantil, os atos de corrupção dos representantes legais do povo, dos governantes que se preocupam somente com a autopromoção e o povo que se contente com as bolsas esmolas. Diante disto, será que podemos afirmar que conseguimos conquistar o penhor da liberdade sem ter que desafiar o nosso peito e a própria morte?

Querido Brasil... Tu que és a nossa Pátria amada e tão explorada pelos atos de muitos políticos, que em troca de “trinta moedas” de apoio financeiro nas campanhas eleitorais, deixa de ser por eles idolatrada, pois uma Nação que era bela e forte como um colosso, com a corrupção reinante no meio palaciano e Ministérios, certamente teu futuro não mais terá aquela grandeza, não teremos mais as verdes matas,  os lindos campos estarão sem flores, nossos bosques e o cerrado estarão sem vida, a nossa vida sem teu seio e sem amores.

Meu Brasil varonil, você sempre foi e sempre será nossa terra adorada entre outras mil, pois somos filhos deste solo, mas teus dirigentes, em todas as camadas, seja Federal, Estadual ou Municipal, nada estão fazendo pela saúde, pela educação e pela segurança. Eles estão deixando seus filhos morrer na fronteira da dignidade e da honra, em busca do sonho intenso!

Brasil... Proteja teus filhos, pois muitos estão sendo confundidos e mortos em outras pátrias, quando arriscam suas vidas em busca de educação, emprego e de condições mínimas de sobrevivência, pois se não houver uma reação popular, jamais teremos paz no futuro.

Levantando do sono em que se encontra, deitado em berço esplêndido, mais do que nunca clamamos para que seja erguida a clava forte em suporte à balança da desfalecida Justiça, fazendo novamente brilhar o verde-louro desta flâmula, para que não seja somente uma glória do passado.

Por favor, “Brasil! Mostra tua cara, quero ver quem paga pra gente ficar assim,... grande pátria, em nenhum instante eu vou te trair... Não, não vou te trair”. (Cazuza)

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