Sempre nos finais de ano recebemos e enviamos mensagens de boas festas carregadas de palavras de incentivo
Sempre nos finais de ano recebemos e enviamos mensagens de boas festas carregadas de palavras de incentivo, desejos de felicidade, saúde, prosperidade e votos de que os sonhos se tornem realidade.
Sonhos... o que seriam os sonhos? No hebraico sonho quer dizer halam, ou seja, o Senhor nos dá sinais ou nos fala de coisas futuras, enquanto que no dicionário, sonho é desejar e almejar um futuro melhor.
A verdade é que nos dias de hoje a vida está passando tão depressa, que se não separarmos um minuto para sonhar, deixaremos de acreditar que o sonho pode se tornar uma realidade.
Está mais que provado que o homem que não sonha é um homem morto, pois sonhar é muito bom e até hoje não encontrei alguém que não concordasse comigo.
Não existe neste mundo quem nunca sonhou acordado, olhando para o nada em pleno balburdio do dia a dia, com aquele olhar de peixe morto, distraído, imaginando um futuro cheio de ilusões mesclado de realidade.
Alguém se atreveria a afirmar que nunca ficou sonhando em como seria bom se as coisas acontecessem exatamente “ao vivo e a cores”, da forma como gostaríamos que fossem?
Mas neste ano de 2010 pude constatar que muito melhor do que sonhar é sentir e vivenciar a realização completa de um sonho, que para muitos seria impossível. Não existem palavras para descrever a realização de um sonho de vencer a batalha contra a morte iminente e real, diante dos olhos e do sangue, alcançando a vitória gloriosa ao sentir a presença e o calor do olhar e das mãos de Deus que permitiu que eu pudesse continuar vivendo.
O Criador Maior já desenhou e permitiu que eu pudesse vivenciar muitos outros sonhos, como o curso superior e pós-graduar; encontrar uma companheira ideal, ver meus filhos nascendo, quer biologicamente ou sendo presenteados por Deus, mas sempre sonhando acordado, planejando a sua realização, da forma descrita em uma das músicas de Gilberto Gil que sentencia: “Eleve-se ao céu com seus pés no chão”.
Bem disse Charles Chaplin, “a vida me ensinou: a pedir perdão, a sonhar acordado, a acordar para realidade sempre que fosse necessário; a aproveitar cada instante de felicidade; a chorar de saudade; me ensinou a ter olhos para ver e ouvir as estrelas, embora nem sempre consiga entendê-las; a ver o encanto do pôr-do-sol; a sentir a dor do adeus, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser; a não temer o futuro; me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente, como um presente que eu mesmo tenho que lapidar ou escolher; sou feliz, amo minha vida, minha família, meus amigos, meu amor, meus colegas e meus rivais”.
Assim, vou continuar a sonhar mais um sonho impossível até torná-lo possível; vou continuar lutando, quando é mais fácil ceder; vencendo o inimigo invencível, negando a desilução e a corrupção, quando a regra é vender a própria alma e o caráter, pois esta é minha lei, é minha questão, virar este mundo, cravar este chão, pois não me importa saber se é terrível demais ou quantas guerras terei que vencer por um pouco de paz e vida.