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Tente identificar...

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 12/04/2022 às 19:58Atualizado em 18/12/2022 às 19:04
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Tirei o final de semana para reler o livro “Mentes Perigosas - o psicopata mora ao lado”, de Ana Beatriz Barbosa Silva, que trata sobre o comportamento dos psicopatas.

O livro é de fácil leitura, mas assustador ao demonstrar que os psicopatas são frios, calculistas, insensíveis, inescrupulosos, transgressores de regras sociais e absolutamente livres de julgamentos morais internos.

Enquanto relia o livro, vieram-me à mente imagens de pessoas conhecidas, que usam de seu charme e inteligência para impressionarem e seduzirem quem atravessa o seu caminho.

Se observarmos com atenção mais apurada, veremos que muitos daqueles que mantêm conosco convívio, certamente, seriam diagnosticados pelos profissionais da área como psicopatas camuflados de executivos, bem-sucedidos, bons amigos, sem jamais levantar suspeitas sobre quem realmente são, criando fatos que podem levar à dependência psicológica ou afetiva.

O assunto é envolvente e a curiosidade me fez buscar outros autores sobre o assunto. E, mesmo não tendo formação em Medicina ou Psicologia, cheguei à conclusão primária, e não científica, de que um psicopata nada mais é que a pessoa desprovida de afeto e outros sentimentos mais.

Em momentos de reflexão, pude trazer para a realidade os conceitos e descrições dos autores que li, fazendo comparativo, e concluí que existem psicopatas ao nosso lado muito mais do que podemos imaginar, principalmente os que não medem esforços para atingirem o que desejam.

Quanto mais leio, mais dúvidas surgem sobre o assunto. Afinal, o psicopata é ou não é doente? Poderia ser considerado doente aquele que não gosta de ninguém além dele mesmo? É psicopata aquele que usa e abusa dos outros ou de seus subordinados?

Todos os estudos sobre o assunto apontam que o psicopata é alguém extremamente inteligente e meticuloso, que calcula minuciosamente seus passos, encarando todos que não concordam com seus discursos como “pedras no caminho”, agindo sempre como vampiro que não ficou satisfeito com um pescoço apenas.

Por ter gostado tanto do livro, recomendo a leitura, pois é uma ferramenta para nos proteger de psicopatas, que muitas vezes podem fazer parte do nosso convívio.

Tente identificar e, caso encontre alguém, não caia na cilada da compaixão, pois você poderá ser a próxima vítima.

Marco Antônio de Figueiredo

Advogado e Articulista

marcoantonio.jm@uol.com.br

 

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