Uberaba – A Veneza Triangulina

O Imortal Ataliba Guaritá Neto teve e sempre terá razão quando afirmou que Uberaba está em todas e que é uma cidade “Sui Generis”, ou seja, única em seu gênero.

Por aqui temos um “Chefe” conhecido como “Papai Smurf”, com alma do “bruxo Gargamel”, que viu no seu caldeirão de maldades, que mais cedo ou mais tarde, a gastança desenfreada com um projeto sem nexo, ferrou todos os comerciantes uberabenses; viu que seu projeto não mostrou nenhum resultado prático e os milhões impecavelmente aplicados nas obras, foram mais uma enganação e puro marketing.

Dentro da visão “futurista”, mandou colocar alguns abrigos transparentes, em forma daqueles “bobs” que as mulheres usam para cachear as madeixas, ao longo de toda avenida, onde o milionário projeto já foi concluído e que se torna um mar de sujeira e fezes, nos dias de chuva.

Para muitos, aqueles abrigos são “gôndolas” que, o ainda prefeito conheceu em suas incontáveis viagens ao exterior. Para outros, os “bobs” são uma espécie de “submarinos”.Uma minoria aposta que são câmaras para matar espremidos e asfixiados aqueles cidadãos, que ali vão esperar uma “condução” ou se proteger dos ônibus que vão atropelar os “casulos”; ou ainda, servem para esconder das chuvas “torrenciais”.

Mas a eterna submersa Veneza do Triângulo, anda também preocupada com a nova enchente das lágrimas de felicidade dos corintianos, pelo bi campeonato mundial e as lágrimas das lamentações dos palmeirenses, pela queda à segundona.

Nossa Veneza também é terra de artistas. Por aqui não vamos, é claro, encontrar o galã Tony Musante e nem Florinda Bolkan, mas certamente encontraremos os anônimos venezianos como o “Rei Netuno”, com suas barbas brancas, se julgando o inigualável e a única gota d’água do deserto; ainda encontramos 14 artistas que continuam pensando ser nossa cidade uma currutela do sécuro XIX, onde bastam 14 representantes no Legislativo, esquecendo que hoje estamos com mais de 300 mil habitantes.

Naufragando de vez a visão progressista que Uberaba merece, arbitrariamente, alguém, com ideia de “jerico”, colocou em votação um projeto de lei propondo o mandato anual do presidente da Câmara Municipal, como era no tempo de Major Eustáquio. O pior é que, seguindo a tradição zebuina, dançaram a música: “Aonde a vaca vai,o boi vai atrás” é um tal de “Maria vai com as outras”, que chega a dar náuseas, tamanha insensatez e mentalidade retrógrada, mas o “Tutu Barão” e seguidores, não podem sair do foco dos holofotes e dos flashes  fotográficos.

Conforme Getúlio Vargas, por aqui, “metade de nossos políticos não é capaz de nada e a outra metade é capaz de tudo.”