Uberaba cresceu! E agora?

Falta pouco mais de um ano para a realização de mais uma jornada eleitoral, disputando a preciosa e poderosa cadeira de administrador municipal, que vai ser ocupada por aquele que terá nas mãos, “mais ou menos” um bilhão de reais, por ano, para ser aplicado em Uberaba.

No início do mês de outubro próximo expira o prazo para a filiação partidária daqueles que pretendem se candidatar nas próximas eleições.

Muitos chegam a trocar invejáveis cargos de Ministro de Estado, de Deputado Federal ou mesmo de Secretário ou Deputado Estadual, só para disputar uma eleição, pensando em ter este poder financeiro sob seu controle e olhar, mesmo sabendo dos incontroláveis e crescentes problemas que irão enfrentar com a educação, saúde, segurança, transporte, etc.

Qual será o mistério desta ânsia e ganância em ocupar esta cadeira que é muito mais sobrecarregada de cargas e problemas do que de destaque, em função do cargo? Seria vaidade? Não! Não pode ser, pois tem muito mais glamour em ser ministro, deputado e secretário de Estado do que ser prefeito de uma cidade do interior que insiste em crescer e nunca chegar a ter 300 mil habitantes.

Todos os dirigentes municipais se identificam como um cidadão que vive com os pratos nas mãos, implorando por quirelas de verbas federais e estaduais, sempre enfrentando processos judiciais, críticas e acusações daqueles que se dizem oposicionistas, quando não, são bombardeados pela artilharia pesada dos próprios “companheiros” de seus partidos políticos.

Neste “ti ti ti” de pré candidatos, muita coisa se tem discutido quanto ao perfil daquele que deverá ocupar a chefia do executivo municipal, depois da passagem do atual prefeito, que visou e optou por ver um crescimento como nunca antes visto nestas pastagens de major Eustáquio.

Uberaba cresceu como nunca! Isto ninguém pode negar! Pode a oposição chorar o leite derramado, afirmando que foi por causa da situação mundial que propicia... Que foi por causa da “farra” dos golpes de corrupção do governo Lula, etc. Seja lá pelo que foi, o fato é que Uberaba cresceu em recolhimento de impostos, como pé de melancia no quintal e no aumento de taxas de água, esgoto e iluminação pública, com a rapidez de fogo morro acima no cerrado, nesta época de seca.

Mas Uberaba cresceu ou desenvolveu? É... Infelizmente, este sertão da farinha podre somente cresceu e muito, mas teve seu desenvolvimento deixado para trás, pois crescimento está diretamente ligado ao aumento de número de supermercados, lojas, casas, pessoas, ruas, etc., enquanto que por outro lado, desenvolvimento está relacionado à qualidade de vida, maior número de leitos hospitalares, praças com áreas recreativas, melhoria nos salários dos professores, controle e diminuição da violência urbana, melhor atendimento nos postos de saúde, satisfação dos funcionários públicos, um trânsito viário controlado e planejado, etc.

Estamos todos carentes em vivenciar melhores condições de vida, pois a atual administração se preocupou, até agora, única e exclusivamente com o crescimento a qualquer custo, cabendo àquele que for eleito prefeito em 2.012, construir sobre os "três pilares interdependentes e mutuamente sustentadores" – (desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e proteção ambiental), uma Uberaba digna de se morar e viver com segurança e felicidade!