Esta semana, por duas vezes, tive a honra de ser comparado a um uberabense ilustre, mesmo tendo sido usado o “apelido”
Esta semana, por duas vezes, tive a honra de ser comparado a um uberabense ilustre, mesmo tendo sido usado o “apelido” no sentido pejorativo, senti orgulho por se tratar, a meu ver, de um jornalista, escritor e analista corajoso e inteligente. É certo que já fui chamado de “Doca” outras vezes, numa comparação ao escritor Orlando Ferreira, o que acredito eu que seja pela forma de escrever os artigos e crônicas, que mostram as asneiras e procedimentos de certos “lorpas”, que se atrevem a se destacarem na política desta terra de Major Eustáquio.
Para entender um pouco da comparação que muitos amigos insistem em fazer, o que da mesma forma insisto em negar, busquei aprender um pouco deste fantástico escritor em artigos e comentários feitos pelo imortal João Eurípedes Sabino e na leitura do livro “Terra Mãe”, escrito pelo meu amigo jornalista e membro da ALTM, Luiz Gonzaga de Oliveira.
Por falar em “Terra Mãe”, posso afirmar sem ter medo de errar que, somente seremos uberabenses verdadeiros e que conhecemos esta “Princesinha do Triângulo”, aquele que tenha lido pelo menos uma vez, de “cabo a rabo”, este livro que resume um pouco da mentalidade tacanha de uma minoria e o implacável corporativismo de uma classe desunida e desnudada até mesmo entre intelectuais.
Luiz Gonzaga se ocupou em escrever sobre Uberaba no seu livro “Terra Mãe”, cujas páginas, trazem ao leitor, coisas passadas e ao mesmo tempo foca em acontecimentos atuais, enquanto João Sabino, como mestre na arte de analisar bons trabalhos literários, comenta sobre o livro que tosa a celeuma que a obra “Terra Madrasta”, de Orlando Ferreira, causou, causa e ainda causará, será creditada a “Doca”, este audacioso escritor que Uberaba conheceu e teve a felicidade de baixar à sepultura, sem ser eliminado pelo “chumbo”. O médico Dr. Alfredo Sabino de Freitas no Atestado de Óbito fez constar que o desaparecimento do amigo Doca se deu por “anemia perniciosa - coma caqueixa.”
Assim, inspirando nos ensinamentos e irreverências inseridas nos livros, artigos e comentários de Orlando Ferreira, de Luiz Gonzaga de Oliveira, Gregório de Mattos Guerra e João Sabino, estou catalogando e inserindo em uma coletânea que pretendo em breve publicar, sob o título ainda provisório de “Uberaba e seus filhos bastardos”, mostrando o esforço, a luta contra os poderes intelectual, financeiro e econômico, os falsos amantes e salvadores desta terra muitas vezes considerada “Mãe”, algumas vezes “Madrasta”, outras vezes “Uma Curva de Rio”; considerada também “Terra de Ninguém”, quando não, considerada como “Abrigo de Espertalhões, Corruptos, Estelionatários e Vagabundos de toda estirpe”.
Mas, Uberaba também é terra de gente de bem, de gente que ama, que quer o melhor, que tem visão administrativa, que trabalha incansavelmente para que o vírus da enganação eterna e do proveito próprio”, seja extirpado daqui, nem que seja através de denúncias feitas por articulistas ou em obras literárias, como nos livros já editados pelos “três mosqueteiros” uberabenses, João Sabino, Luiz Gonzaga e Orlando Ferreira.