Neste sábado, tirei o tempo para ficar acordado até a madrugada e reler os livros do imortal professor de sociologia
Neste sábado, tirei o tempo para ficar acordado até a madrugada e reler os livros do imortal professor de sociologia, Juvenal Arduini, quando tive a oportunidade de viajar em imagens, sonhos e conhecimentos inesquecíveis.
Lá pelas três horas da madrugada de domingo, fiz uma pausa para tomar um lanche e levei o livro “Antropologia – ousar para reinventar a humanidade”, da editora Paulus, edição 2002, o que me fez despertar de tal forma que não consegui parar de ler por um só momento, trazendo-me comparações com a atualidade política de nossa Uberaba. As leituras dos capítulos da “rebelião antropológica”, “o grito da justiça” e “Maquiavel e La Boétie” fizeram-me comparar os últimos governos municipais.
Os quatro meses da atual Administração Municipal já foram suficientes para que se perceba a flagrante diferença entre o tratamento destinado à sociedade nos dois últimos governos, principalmente em relação ao funcionalismo público, permitindo uma comparação com as obras de dois autores do Século dezesseis, Nicolau Maquiavel e Etienne Boètie.
Maquiavel, o mais conhecido por todos, escreveu “O Príncipe”, destilando o veneno necessário em forma de instrução, de como escravizar um povo, de forma doentia, através do domínio da liberdade e imobilização do raciocínio. Sempre registrei de forma expressa, em meus artigos e colunas, que em minha opinião, o ex-prefeito Anderson Adauto Pereira, deveria ter este como seu livro de cabeceira e agenda de decisões políticas como “ditador e administrador desta terra de Major Eustáquio”, pois sempre deixou claro, através de perseguições ao ex-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos, que a liberdade a seu ver é perigosa e, assim, lutou até suprimi-la, para que em nada diminuísse seu poder.
AA também soube envolver seus “companheiros leais” demonstrando sua vontade de conquistar o poder a qualquer preço, tentando vencer tudo e todos os desafios que apareciam, usando a força, a astúcia e “pressão psicológica, fazendo-se querido e estimado” pelo povo, através do temor de não realizar as obras muitas vezes indispensáveis e já liberadas pelos governos superiores.
Em apenas quatro meses da administração de Paulo Piau, já podemos sentir que o novo governante nos faz lembrar Etienne Boètie, demonstrando que o povo não pode enterrar sua liberdade, aceitando os antigos desmandos políticos e econômicos. Que ele, Paulo Piau, também se espanta ao perceber que uma comunidade, um bairro urbano ou rural, entregou no passado, o potencial de sua liberdade e de seus direitos à tirania e submissão, muitas vezes iludida por políticos espertalhões, hipotecando-lhes apoio.
Piau tem demonstrado sua capacidade de governar Uberaba com humanidade, carisma, conhecimento de causa, defendendo os direitos fundamentais de cada cidadão, chamando todos a participar de um governo realmente democrático, buscando para todos nós maior autodesenvolvimento, igualdade, trabalho, saúde, segurança e valor humano, cumprindo seu slogan de campanha, afirmando que “Uberaba merecia e merece mais!”.