Fim de ano se aproximando! O Papai Noel, como sempre, para uns o “bom velhinho de barbas brancas”, para outros somente o “Mal Velhinho de barbas brancas”, “mais mal que o pica-pau”.
É um corre-corre desenfreado onde muitos estão querendo fazer agora, o que não fizeram em 20 anos. Assim, no meio deste turbilhão de fatos, ideias e mutirões tentando solucionar todos os problemas do mundo de uma só vez, tive a oportunidade de conhecer, em plena capital brasileira, uma mulher especial, que se destacou quer seja na cultura, na educação, na simplicidade, no seu olhar firme e enigmático ao mesmo tempo, em suas opiniões sábias sobre o momento social e político mundial -, resumindo, no seu modus vivendi.
Chamou-me à atenção seu desprendimento, sua humildade, seu carisma e sua disposição, apesar de seus 70 e poucos anos bem vividos, em função de multiplicar conhecimentos e sabedoria, extraindo de suas viagens pelos cinco continentes, todo o cerne necessário para o engrandecimento de sua cultura e relacionamento com sua família e amigos.
Deus me presenteou durante toda a semana que passou, por permitir, nos intervalos do trabalho executado em Brasília, que pudesse conhecer e conviver por horas diárias, ora em companhia da neta Vitória e sempre na companhia de seu sobrinho Carlos e sua fiel ajudante Dinalva, com esta maravilhosa mulher que é mãe, irmã, avó e que hoje também é minha amiga, tia Lia Nogueira Bittencourt.
Um velho ditado popular afirma que há pessoas que passam em nossa vida e levam um pouco de nós, enquanto outras passam e deixam um pouco de si, mas existem outras como a “tia Lia” que ficam para sempre, pois ao lado delas, quando contam suas experiências de vida, a gente se sente acomodado em uma rede, sem relógio e sem agenda ou como se estivesse lambuzando o queixo de sorvete.
Certa vez meu pai me disse, sentado naquela mesa onde contava histórias, que, tem gente que tem cheiro de colo de Deus, que nos recebe com afeto parecendo banho de mar quando a água é quente e o céu é azul; que se pudéssemos observar com atenção, veríamos a existência de pessoas com cheiro e jeito de cafuné sem pressa, pois ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos, sentimos Deus bem ao nosso lado.
Esta semana que passou pude vivenciar as sábias palavras de meu pai ao poder compartilhar e conviver, juntamente com meu “cumpadi” Carlos Nogueira, a companhia agradável e inesquecível da tia Lia.
Mesmo morando no seio do comando palaciano destas terras tupiniquins, Tia Lia Nogueira conserva a riqueza e a beleza da humildade que traz das raízes Belgas, sem contar a simplicidade extraída dos ensinamentos recebidos de Chico Xavier, pois aqui na terra de Major Eustáquio ela mantém laços estreitos, pois estão espalhados pelos quatro cantos, seus familiares.
Milha querida tia Lia, sejam os Castros Cunha, os Guimarães Castro, os Nogueiras, os Montes Cordeiro ou os Bittencourt, sejam seus amigos e parentes, sem exceção, pode ter certeza que iremos agradecer a Deus por ter você entre nós podendo comemorar mais um ano de vida, pois mesmo estando hoje distante, o carinho e a ternura que nos ligam fazem com que não tenha muita importância a distância que nos separa, que todas as bênçãos sejam derramadas em sua vida e que a mesma seja cercada de muita paz, saúde e felicidades sempre.