A campanha eleitoral deste ano já é alvo de fortes críticas e reclamações por causa dos telefonemas dos candidatos e seus vices
A campanha eleitoral deste ano já é alvo de fortes críticas e reclamações por causa dos telefonemas dos candidatos e seus vices. Nada contra a propaganda política, mas deveria existir critério contra os exageros que causam repulsas e afasta eleitores.
Sábado, na hora do almoço, família reunida, comida sobre a mesa, todos se preparam para orar e agradecer a Deus o alimento e as graças recebidas, toca o telefone. Ao atender, uma voz pergunta: “Você conhecia meu pai?” E começa a campanha política! A resposta veio na hora em minha mente e coraçã Conheci e tenho certeza que ele, educado como era, jamais faria uma ligação no final de semana, sábado e muito menos na hora sagrada da refeição, quando pais, filhos e demais familiares se reúnem, em fraternidade, pois a correria da semana assim não permite.
Chateado, sento à mesa e começo a oração! Novamente o telefone toca de forma perturbadora. Vem a preocupação com os filhos que moram fora e outros parentes que estão ausentes à refeição naquele dia.
Corro para atender a ligação, com o coração cheio de ansiedade e pedindo a Deus que nada de grave possa ter acontecido. Tiro o telefone do gancho e com a voz trêmula dig “Alô!” Uma mulher, em tom melancólico, daquele tipo que escutamos nos aeroportos, começa a falar sobre campanha política, mencionando os grandes feitos de seu ex-patrão, do ex-presidente e pedindo votos. Com a face queimando de raiva, fiz questão de ouvir até o final para ver se falava algo de bom, feito pelo seu candidato ou mesmo alguma coisa sobre o que a Revista Veja havia falado sobre o ex-presidente ser chefe do mensalão, ou do seu ex-chefe ter sido condenado duas vezes por improbidade administrativa. Nada foi falado.
Desliguei o telefone e antes de chegar à mesa, ele tocou oura vez. Voltei já pensando em quebrá-lo, mas atendi! Antes que eu falasse “Alô”, uma voz disparou a falar: “Aqui é o deputado fulano de tal... Sou o melhor, o bom, “o único que tem portas abertas em BH e BSB”! - fiquei escutando, com um sentimento mesclado de raiva e nojo pela empáfia, prepotência e insolência de ligar na hora sagrada da refeição. Escutei para ver se ele justificava o porquê do USC se tornar um “sem-teto”. Nenhuma palavra sobre isto e administração em empresas que quebraram.
Voltei para a mesa, fizemos nossa oração e graças ao bom Deus, nenhum outro candidato, até este momento, ligou. Mas, se ligar, na semana que vem completo este artigo.
Nada contra a festa da Democracia, mas que haja discernimento e educação, não telefonando em dia e hora errada, pois no fim de semana, vá fazer campanha em outro lugar!