ARTICULISTAS

Vaidade e “ciumeira” inexplicáveis

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 25/11/2013 às 14:30Atualizado em 19/12/2022 às 10:05
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Madrugada de domingo, lua cheia, silêncio... Paz! O mundo lá fora dá sinais de vida! Imagens de pessoas de nosso relacionamento comercial e pessoal surgem dando impressão de que tudo caminha num espaço virtual e de dimensões diferentes da realidade.

Os gestos incrustados na memória se materializam dando a entender que não são somente os “tubarões” egocêntricos que morrerão pela boca, mas também ficarão estendidos sobre o “tapetão” das urnas, os falsos moralistas que se escondem atrás de suas opiniões levianas, travestidas de verdade.

Infelizmente, hoje em dia, com a oferta avassaladora dos meios de comunicação imediatos, os políticos e politiqueiros opinam compulsivamente e de forma indiscriminada, exalando o impulso de querer conseguir a atenção para si, “plantando” informações falsas de que é o “pai de todos os atos do governo”, usando “matraqueiras ou faladeiras”, ou representantes do povo, para condenar os prováveis concorrentes, provocando linchamentos morais em seus gabinetes, fáceis de iniciar, mas que produzem danos irreversíveis.

O que mais se torna assustador em nossos pensamentos é que sabemos que os bons relacionamentos são mais valiosos do que todos os recursos sujos e imateriais que estão sendo usados. Amigos que acreditamos ter laços advindos de outras gerações, de repente, por uma vaidade e “ciumeira” inexplicáveis, invertem essa lei natural e necessária para a boa convivência, passando a nos considerar objeto que pode ser negociado em forma de “barganha”.

Gostaria que este “representante do povo” desta terra de Major Eustáquio aprendesse que “Acusar os outros pelos próprios infortúnios é um sinal de falta de educação”, já dizia Epicteto, pois este espírito de competição é nocivo.

Ainda embalado pelo clarão do luar, os pensamentos insistem em mostrar a imagem desse que gosta de se intitular o “baluarte da ética”, mas que se esconde na sombra da verdade, o nepotismo disfarçado.

Seria melhor que ele soubesse que não existe a necessidade de apontar o dedo acusador, principalmente quando os outros quatro dedos apontam em sua direção e mostram os erros que tiver provocado e que sua própria alma se encarregará de corrigi-los pela perseguição da dor de consciência, pois seus atos na sombra da ausência da pessoa que acusa, serão tormento suficiente para motivar o desequilíbrio de seu mandato.

Li certa vez que, ocultar suas verdadeiras intenções não tem nada demais, mas não devemos nos iludir tentando nos convencer de que as pessoas não perceberão as intenções ocultas, pois a mentira serve somente para garantir as intenções ocultas, mas na prática sempre acontece de alguém desvendar a mentira e o castelo da ilusão irá desmoronar.

Amanhece o dia e é necessário descansar um pouco, mas rogando a Deus que esse “representante do povo” entenda que é melhor errar por agir do que cometer o equívoco de ficar eternamente esperando uma oportunidade melhor.

Marco Antônio de Figueiredo

Articulista e Advogado

Pós-Graduado em Ciências

Políticas pela UFSC

marcoantonio.jm@uol.com.br     

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