ARTICULISTAS

Viva a vida!

Nesta madrugada, nosso cérebro entrou em ebulição ao analisar todos os fatos que estão a acontecer, pois nunca sabemos o que vamos encontrar ao virar uma esquina

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 24/08/2015 às 14:43Atualizado em 16/12/2022 às 03:20
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Nesta madrugada, nosso cérebro entrou em ebulição ao analisar todos os fatos que estão a acontecer, pois nunca sabemos o que vamos encontrar ao virar uma esquina. Pode ser uma voz conhecida, um rosto triste, uma pessoa amiga ou um sorriso falso, daquele que te bajula e te destrói pelas costas.

Lemos certa vez que: com o tempo conseguimos ver no dia a dia, que tudo passa, seja o hoje, a alegria, a dor, o medo, a raiva e, acima de tudo, o tempo.

O mais incrível de tudo é que, com o passar do tempo, percebemos em certa altura da vida, que deixamos passar despercebido o medo de ter medo e o medo de sofrer, pois a universidade do tempo nos diploma com aquela sensação de rapidez, de que tudo tem urgência de se resolver, pois o tempo da vida está passando e as forças para aproveitá-la estão se esgotando, deixando passar bem ao lado o tempo que temos para sonhar.

Ainda com os olhos fixos em lugar nenhum, tentamos coordenar os pensamentos na ampulheta, sabedor de que sempre procuramos no túnel do tempo, por nós mesmos, pois muitas vezes descobrimos que não sabemos o que somos, o que fazemos no percurso da vida, escrevendo em nossa história... Nossas alegrias e nossa felicidade.

Levantei, fui até a varanda, olhei o relógio... Eram três horas da madrugada. Ao puxar o folego e levantar a cabeça, senti a sequidão do ar e aquela aragem de poeira sob um céu totalmente estrelado, induzindo novamente a refletir ao deitar na rede, que a vida não está parada a espera de nossa boa vontade em atingirmos os objetivos mais gananciosos que uma mente pode alcançar.

Passou por nossa cabeça que, no fundo, queremos somente ser felizes como aquele jogador de futebol ou aquele empresário que sempre pergunta “quem quer dinheiro”, mesmo sem sabermos se na verdade eles são somente ricos ou se conseguem ser felizes com todo assedio e falta de liberdade para “curtir” um fim de semana com os amigos no “Meu Chorinho”.

Ao olhar o que estava em nossa volta, percebi o quanto esta vida é maravilhosa, principalmente por depender somente de nós mesmos a possibilidade de escolha dos caminhos, das oportunidades, das diversões, do sofrer e do ser feliz. Percebemos que a felicidade não é só amor, nem dinheiro, pois a felicidade não se mede, nem se captura.

Para encontrar a felicidade, basta acordar todas as manhãs sentindo a vida como ela é, com seus bons e maus momentos, fazendo parte do espetáculo que é viver, buscando coisas que nos trazem prazer, rindo daquilo que nos fizeram chorar no passado e sentindo o milagre que é viver!

Lemos esta semana um texto que serve de lição a todos, onde dizia que a felicidade está em todas as coisas, sejam elas pequenas ou grandes, por isso viva e não tenha vergonha de ser feliz, mesmo que para isso seja necessário regar as flores de outros jardins!

Marco Antônio de Figueiredo – articulista e advogado

marcoantonio.jm@uol.com.br

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