Não há como negar que todo brasileiro tem paixão por política, futebol e carnaval. Não dá para ser diferente. Um ou outro até nega sua paixão por isto ou aquilo, mas na hora H, entra na discussão e dá aquele “palpitezinho”. Como estamos em ano eleitoral, existe aquele “disse me disse”, “o fez” e o “não fez”, acompanhado dos ti-ti-tis mais acalorados daqueles eternos candidatos e políticos eleitos que buscam perpetuar no banquete servido à custa dos cofres públicos, que ecoam pelas esquinas e “rodinhas” das pastelarias do “mercadão” municipal. Chega a ser cômico os elogios, as promessas, os “chororôs”, as briguinhas de “comadres” e as propostas indecentes feitas por aqueles que vivem a paixão pela política, quando não, vivem da política pela falta de paixão, alimentados pelo ódio de uma traição partidária, ou por um desentendimento “conjugal” provocado por descumprimento das “juras de amor eterno”, quando da troca de alianças, em uma “dobradinha” selada naquela campanha eleitoral que passou. Pelo que se vê e se ouve pelos quatro cantos da cidade e por todo o País quanto ao comportamento de nossos políticos é que o filósofo grego Aristóteles, já dizia em sua obra “Política”, afirmando que “o homem, quando perfeito, é o melhor dos animais, mas é também o pior de todos quando afastado da lei e da Justiça”. Não precisa ser nenhum gênio para chegar a uma conclusão a respeito da afirmativa de Aristóteles com relação aos políticos brasileiros. Deveríamos partir do princípio que a política é a arte da vida e da possibilidade de fazer o bem, capaz de realizar projetos para o bem comum, mas, só encontramos um antro de corrupção e safadeza, onde “caciques” e “coronéis” legislam em proveito próprio. Graças ao Bom Deus existem exceções, onde alguns poucos políticos ainda exercem o mandato que lhes foi confiado, com comprometimento social. Diferentemente do que acontece no futebol e no carnaval, na política, o poder de mudança está em nossas mãos, permitindo externar nossa paixão, nosso ódio, nossa razão, nosso inconformismo com a traição à confiança depositada nas urnas, nossa esperança no futuro e, principalmente, nossa convicção em acreditar na voz do povo externada através do gesto silencioso, concretizado no simples ato de votar. É redundância afirmar que a corrupção está em todos os segmentos da sociedade brasileira, e que é necessário que todos avivem suas paixões e lutem, com todo o sangue verde e amarelo que corre nas veias, para apropriar e renovar os espaços políticos, hoje, ocupados por “quadrilhas” bem organizadas e acostumadas a corromper e serem corrompidas. Concluindo que tudo que fazemos durante nossa existência é política, é importante saber escolher nossos representantes, nas eleições de outubro. Não se venda e nem “entregue na mão dos outros uma decisão que é de sua responsabilidade”.