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O amor deve ser, de fato, incondicional?

Mariana de Melo e Melo
Publicado em 08/02/2022 às 21:09Atualizado em 19/12/2022 às 00:05
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Há uma frase muito conhecida nas redes sociais, de autor por mim desconhecido, que diz: “Algumas pessoas nunca vão te amar, não importa o que você faça. Outras pessoas nunca deixarão de te amar, não importa o que você faça”.

Em quase 11 anos trabalhando com o Direito de Família, estudando e analisando as relações interpessoais, ouso indagar sobre essa colocação. Ao meu ver, não se trata de uma verdade absoluta, aliás, merece considerações.

O amor se constrói com atitudes e convivência e, acredito, que pode ir embora por causa delas também!

É certo que, quando existe amor, não é qualquer vento que faz o castelo desabar. É certo, também, que, quando existe amor, não é preciso encarnar um personagem para se enquadrar na relação.

Contudo, é igualmente certo que é importante, sim, o que você faz. O carinho, o cuidado, os princípios, o regar diário é essencial para o florescer, para o crescer do amor. Da mesma forma que atitudes desleixadas, agressivas, frias demais ou incompatíveis com a nossa essência desgastam até minar todo esse amor.

Aquele que fica, mesmo quando há humilhação, agressão física, psicológica e/ou sexual, ameaça, escravização, ou seja, independente do que se faz, não é o amor! Pode ser o medo, a dependência psicológica, a financeira, a vergonha, o apego, o ego, mas nunca o amor! Está mais para a falta dele por si mesmo!

As relações entre os indivíduos dependem das atitudes e muitas delas desgastam e até transformam o sentimento do amor, desencadeando divórcios, ocorrências policiais, destituição do poder familiar e marcas negativas profundas nos envolvidos... Em contrapartida, outras ações fazem o amor transbordar levando ao casamento, à adoção, à construção patrimonial familiar, etc.

É importante cultivar e cuidar do amor, principalmente o próprio, porque ele pode guiar sobre onde ficar, o que fazer e de onde ir embora.

Mas esse é só um posicionamento de uma advogada familiarista sob o prisma do complexo emaranhado das relações humanas. E você? Concorda comigo? O que essa frase te fez refletir no âmbito das relações familiares?

Mariana de Melo e Melo

mariana@ammadvocacia.com.br

Sócia fundadora do escritório AMM Advocacia & Consultoria. Diretoria do IBDFAM Núcleo Uberaba/MG (@ibdfamuberabamg).

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