Albert Einstein e Charles Darwin apoiaram Javier Milei

As recentes eleições em novembro passado para presidente da Argentina elegeram Javier Milei, de ideologia direita. Tem um currículo admirável como professor de Economia, propôs o enxugamento da máquina pública, além da demissão de servidores públicos não concursados; valorizar a iniciativa privada e obedecer às leis de mercado, sendo contra o aborto e inimigo ferrenho do “marxismo cultural”. O seu adversário nas eleições foi o então ministro da Economia, Sérgio Massa, que lhe entregou a Argentina com inflação de 140% ao ano, alto índice de desemprego e 40% da população abaixo da linha da pobreza.

A pergunta central: se Sérgio Massa era o ministro da Economia, mas não conseguiu combater a inflação e nem diminuir a pobreza, se eleito, qual a probabilidade de reverter esse quadro? A resposta é óbvia: Massa, passando de ministro para Presidente, tudo leva a crer, não mudaria seu modo de agir ou de pensar e continuaria com as mesmas ações políticas e econômicas, que certamente trariam os mesmos resultados desastrosos, não revertendo a crise.

Nesta questão entra uma citação de Albert Einstein: “é insano fazer repetidas vezes as mesmas ações e esperar resultados diferentes”. Ora, se Massa continuaria com as mesmas ações, Einstein propõe que resultados diferentes somente surgem se houver também ações diferentes.

Daí, Milei, apoiado por Einstein, é a única possibilidade da Argentina para sair da crise atual, que, se não revertida, será seguida pela desagregação social. Sabemos que administrar é, acima de tudo, contrariar interesses, mas que também não se consegue benefícios se não houver sacrifícios. Certamente, os argentinos passarão por momentos ainda mais difíceis, pois a colheita é feita somente após a semeadura.

Milei iniciou a semeadura. Até que os frutos amadureçam e sejam colhidos, haverá momentos de revoltas e movimentos populares, desgastando Milei. Mas não há um remédio de ação rápida e a massa popular é míope e imediatista. Milei era a única possibilidade diferente que a Argentina tinha para fugir do caos.

Lembro Charles Darwin em sua “teoria da evolução das espécies”: “sobreviverá não o mais forte e nem o mais rápido, mas sim aquele que souber se adaptar às mudanças”. Milei é a mudança e os argentinos têm que se adaptar. Massa é a mesmice, compreendida por aqueles que não têm os receptores cerebrais bloqueados.

 Nilson de Camargos Roso

Doutor em Anestesiologia, professor aposentado pela UFTM

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