ARTICULISTAS

Diferentes DNAs da esquerda brasileira

Nilson de Camargos Roso
Publicado em 26/09/2025 às 18:25
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A expressão “diga-me com quem andas e eu te direi quem és” foi atualizada para “diga-me com quem andas e eu te direi o teu futuro”. Com preocupação com o nosso futuro, vimos o presidente Lula, figura maior da esquerda brasileira, dizer “conseguimos colocar um ministro comunista no STF com a qualidade de Dino”. Some-se a este outros fatos:

- Lula, em maio deste ano, esteve presente em Moscou na data da comemoração da vitória da Rússia sobre o nazismo. Neste evento, não se fizeram presentes representantes de países com democracia reconhecida;

- há poucas semanas, empresa privada Anglo American, uma multinacional de origem sul-africana e britânica que atua no Brasil, vendeu uma mina de níquel em Minas Gerais por US$500.000.000 para a China, rejeitando a venda por US$900.000.000 da mesma mina para a Holanda. O governo brasileiro se manteve silente frente a esse prejuízo financeiro, certamente devido às suas afinidades com os chineses;

- o predomínio da ideologia política sobre a lógica e a economia estão manifestas: o ministro da Defesa, José Múcio, há alguns meses disse: “embora Israel tenha vencido a licitação para venda de armas de guerra ao Brasil, por uma questão ideológica, a compra das mesmas não será feita do vencedor”.
A somatória dos fatos recentes acima citados comprova que o principal componente do DNA da esquerda brasileira é o comunismo sino-soviético.
Claudia Costin é professora, acadêmica, administradora e economista pela FGV, ex-diretora global de educação do Banco Mundial. Foi o braço direito de Bresser Pereira, ministro do MARE (Ministério da Administração e Reforma do Estado). Há duas décadas a revista “Veja”, nas suas “páginas amarelas”, trouxe uma entrevista com Cláudia Costin, que, quando jovem, se manifestou nessa reportagem como “comunista da linha maoista (refere-se a Mao Tsé-Tung)”, linha chinesa mais radical do comunismo. Esta autodeclaração de Cláudia é mais uma prova da infiltração comunista no Brasil nas décadas de 1960 e 1970. Como juventude tem cura, Cláudia, quando adulta, prestou excelentes serviços à sociedade brasileira, distanciando-se da linha maoista.

Fernando Henrique Cardoso é também comunista, mas da linha moderada, seguindo os preceitos da Sociedade Fabiana, uma organização socialista britânica cujo propósito é promover os princípios da social democracia e do socialismo democrático através de esforços gradualistas e reformistas, e não pela revolução, apregoada por Lênin, Stálin e Mao Tsé-Tung. Os fabianos não seguem a orientação de Karl Max, “o que move a sociedade é a luta de classes”, mas, infelizmente, é seguida pelo presidente Lula que apregoa “nós contra eles”.

Lembro que Stálin chamava seus opositores de fascistas, fato presente no Brasil, onde a esquerda, à semelhança de Stálin, chama a direita de fascista.
A esquerda brasileira, por ser estatizante, tem em seu DNA um componente do fascismo, pois este se caracteriza pela trilogia “tudo pelo Estado, nada fora do Estado, somente o Estado”.

A nossa admirada CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) foi implantada em 1942 por Getúlio Vargas, que não copiou, mas inspirou seus objetivos na “Carta Del Lavoro” (Carta do Trabalho), criada pelo fascista Mussolini.
Diariamente vemos a esquerda brasileira usar um argumento nazista. Adolfo Hitler dizia “atrás de um problema há um cidadão. Desqualificando esse cidadão, você neutraliza o problema”.

O exemplo dessa citação se encontra no YouTube, onde, em 2022, dois meses antes da eleição para o governo de São Paulo, a esquerdista Vera Magalhães, apresentadora do programa “Roda Viva”, da TV Cultura, ao fazer as perguntas ao então candidato Tarcísio, criticava Bolsonaro, com o qual Tarcísio trabalhou. Assim, desqualificava Bolsonaro e, na sequência, fazia as perguntas, trucidando o entrevistado, que, com fácies de sofrimento, respondia às perguntas de forma ética. Curioso: mesmo sendo governador, Tarcísio manteve Vera no cargo, bem ao contrário de Lula, que em 12 de janeiro de 2023 disse “é preciso acabar com o bolsonarismo nos Ministérios”.
O DNA da esquerda brasileira é polimorfo e camaleônico, pois, através de seu mimetismo, dependendo de cada local, tem componentes comunistas, fascistas e nazistas, com argumentos diferentes, ora falando até em Jesus Cristo, ora criticando o direito de o cidadão ter uma religião.

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