Certa vez, ouvi de um professor que, se o brasileiro tivesse com a política os mesmos cuidados e atenção que tem com o futebol, certamente teríamos um país mais racional e consciente do que temos hoje.
João Saldanha tinha um temperamento gauchesco, forte e impositivo. Como técnico do Botafogo, foi criticado pela torcida por contratar um jogador mal-educado. Respondeu: “eu não quero esse jogador para casar com minha filha. Eu quero ele para fazer gols pelo Botafogo”.
Como técnico, foi responsável pela convocação dos integrantes da seleção de 1970, sendo lembrado pelas suas virtudes, e não pelos seus defeitos. Devido à sua postura, desentendeu-se com o presidente Medici e foi destituído, sucedido por Zagalo.
Também me lembro dos bons tempos do Uberaba Sport Club, quando Yustrich, apelidado de “Homão”, dirigiu o time. Carregou a fama de ser turrão e autoritário desde os tempos de jogador. Como técnico do Uberaba, retornando de um jogo fora da cidade, fez os jogadores descerem do ônibus e correrem 20 quilômetros, não aceitando a reclamação de cansaço. Detalhe: ele correu os 20km juntamente com os seus jogadores. Tinha temperamento forte e dominante, mas os jogadores o obedeciam sem reclamarem, e o time, sob seu comando, conseguiu bons resultados no campeonato mineiro da época. Até hoje os torcedores se lembram dos bons dias do time e se esqueceram da dureza dos tratos que Yustrich dava a todos que estavam próximos dele.
É comum a mídia focar as falhas da comunicação de um político, mas se esquecer dos aspectos positivos que ele trouxe para a sociedade, numa antítese aos bons resultados conseguidos pelo técnico de futebol. O exemplo nesse caso é o de Bolsonaro, que montou uma boa equipe de trabalho e entregou o Brasil em condições melhores do que recebeu, diferente da situação de agora, onde o próprio governo declara que terá dificuldade para fazer a folha do pagamento de servidores em 2027, devido à sua política econômica.
Quando não havia o que maldizer de Bolsonaro, este, gratuitamente, pela própria voz, oferecia os ingredientes necessários para que fosse malhado pela imprensa de ideologia oposta. Tudo fica mais fácil de entender se dissermos que, se houvesse um Prêmio Nobel de Inabilidade em comunicação, certamente Bolsonaro o ganharia, onde, em plena pandemia da Covid-19 não aceitou ser vacinado. Todavia, naquela época, a grande mídia não alardeou quando, no início da pandemia, o cidadão Lula disse “ainda bem que a natureza, ao contrário da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus”, pois viu ali na pandemia um obstáculo para seu adversário, Bolsonaro, fazer um bom governo. Lula se preocupou mais em fazer um gol contra seu país, politicamente a favor da sua eleição em 2022, mas um gol ilícito, com a mão (lembram-se da “mano de Dios”, gol feito por Maradona em 1986 no México?).
Milei, presidente da Argentina, tem se relacionado de modo nada republicano com outras nações, inclusive com o Brasil, mas tem a virtude de, pela primeira vez em 123 anos, zerar o déficit fiscal de seu país. Portanto, suas virtudes são maiores que seus defeitos e será lembrado devido a elas.
Todos nós aceitamos as virtudes humanas e, acertadamente, combatemos os defeitos. Sendo imperfeitos, nascemos com uma cota de erro para ser gasta. No entanto, a torcida (mídia) se preocupou em mostrar as falhas do técnico (Bolsonaro), não abordando as vitórias conseguidas pelo time. Concluo que o professor acima referido tem razão: “o brasileiro leva a sério o futebol, mas não leva a sério a política”.
Certa vez, ouvi de um professor que, se o brasileiro tivesse com a política os mesmos cuidados e atenção que tem com o futebol, certamente teríamos um país mais racional e consciente do que temos hoje.
João Saldanha tinha um temperamento gauchesco, forte e impositivo. Como técnico do Botafogo, foi criticado pela torcida por contratar um jogador mal-educado. Respondeu: “eu não quero esse jogador para casar com minha filha. Eu quero ele para fazer gols pelo Botafogo”.
Como técnico, foi responsável pela convocação dos integrantes da seleção de 1970, sendo lembrado pelas suas virtudes, e não pelos seus defeitos. Devido à sua postura, desentendeu-se com o presidente Medici e foi destituído, sucedido por Zagalo.
Também me lembro dos bons tempos do Uberaba Sport Club, quando Yustrich, apelidado de “Homão”, dirigiu o time. Carregou a fama de ser turrão e autoritário desde os tempos de jogador. Como técnico do Uberaba, retornando de um jogo fora da cidade, fez os jogadores descerem do ônibus e correrem 20 quilômetros, não aceitando a reclamação de cansaço. Detalhe: ele correu os 20km juntamente com os seus jogadores. Tinha temperamento forte e dominante, mas os jogadores o obedeciam sem reclamarem, e o time, sob seu comando, conseguiu bons resultados no campeonato mineiro da época. Até hoje os torcedores se lembram dos bons dias do time e se esqueceram da dureza dos tratos que Yustrich dava a todos que estavam próximos dele.
É comum a mídia focar as falhas da comunicação de um político, mas se esquecer dos aspectos positivos que ele trouxe para a sociedade, numa antítese aos bons resultados conseguidos pelo técnico de futebol. O exemplo nesse caso é o de Bolsonaro, que montou uma boa equipe de trabalho e entregou o Brasil em condições melhores do que recebeu, diferente da situação de agora, onde o próprio governo declara que terá dificuldade para fazer a folha do pagamento de servidores em 2027, devido à sua política econômica.
Quando não havia o que maldizer de Bolsonaro, este, gratuitamente, pela própria voz, oferecia os ingredientes necessários para que fosse malhado pela imprensa de ideologia oposta. Tudo fica mais fácil de entender se dissermos que, se houvesse um Prêmio Nobel de Inabilidade em comunicação, certamente Bolsonaro o ganharia, onde, em plena pandemia da Covid-19 não aceitou ser vacinado. Todavia, naquela época, a grande mídia não alardeou quando, no início da pandemia, o cidadão Lula disse “ainda bem que a natureza, ao contrário da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus”, pois viu ali na pandemia um obstáculo para seu adversário, Bolsonaro, fazer um bom governo. Lula se preocupou mais em fazer um gol contra seu país, politicamente a favor da sua eleição em 2022, mas um gol ilícito, com a mão (lembram-se da “mano de Dios”, gol feito por Maradona em 1986 no México?).
Milei, presidente da Argentina, tem se relacionado de modo nada republicano com outras nações, inclusive com o Brasil, mas tem a virtude de, pela primeira vez em 123 anos, zerar o déficit fiscal de seu país. Portanto, suas virtudes são maiores que seus defeitos e será lembrado devido a elas.
Todos nós aceitamos as virtudes humanas e, acertadamente, combatemos os defeitos. Sendo imperfeitos, nascemos com uma cota de erro para ser gasta. No entanto, a torcida (mídia) se preocupou em mostrar as falhas do técnico (Bolsonaro), não abordando as vitórias conseguidas pelo time. Concluo que o professor acima referido tem razão: “o brasileiro leva a sério o futebol, mas não leva a sério a política”.