A felicidade é algo subjetivo, conforme muita gente boa já disse e andou espalhando por aí. Sobre ela, os estudiosos interessados no assunto escreveram, debateram, deram palestras, participaram de encontros, congressos e rodinhas em botecos. Aliás, para muitos, só o fato de poder passar umas horas no boteco com os amigos já é motivo de alegria e satisfação. Para outros, nem tanto. Já vi muita gente triste, isolada, jururu, sentada num banco de bar. Ô, tristeza!
Por seu caráter particular, pessoal, sempre foi difícil definir com exatidão a felicidade. Poderíamos começar investigando os diferentes graus de felicidade existentes: muita, média ou pouca. Quais os componentes de cada uma? E por aí vai. Filósofos, desde a Antiguidade, tentaram. Em épocas recentes, continuam tentando, assim como economistas, sociólogos e psicólogos. A intenção sempre foi conhecer suas características, suas origens e, infelizmente, seu término. A duração também é importante, bem como seus efeitos no corpo humano. Ao que tudo indica, a felicidade faz bem. Parece que alguns animais e até plantas experimentam sensações relacionadas à felicidade. Quanto aos políticos, a maioria não se interessa muito pelo tema. Alguns não ligam para a felicidade alheia.
Para certos indivíduos, felicidade se confunde com dinheiro na conta bancária ou no bolso; para outros, basta um passeio no parque, uma volta na pracinha, uma viagem internacional ou uma visita rápida à casa dos avós. Pode ser ir ao cinema ou ter uma mesa com comida suficiente e de boa qualidade para os filhos. Vamos ampliar o leque: uma volta de bicicleta, uma leitura empolgante, saúde. O que mais? Você já viu alguém sorrindo e tamborilando os dedos enquanto ouve uma música? Talvez seja demonstração de felicidade.
Ainda não inventaram um instrumento para medir a felicidade, como temos para sons, distâncias, etc. Seria algo como um micrômetro, paquímetro, trena, decibelímetro, etc. Para fins comerciais ou por pura curiosidade, seria muito bom poder contar com um felicitrômetro, não é? Se vamos visitar alguém, seria bom saber antes como estão suas medidas, inclusive para resolver se vamos ou não. Teríamos medidas exatas, como ângulos, distâncias, espessuras, tamanho, temperatura e demais informações. Poderíamos, por exemplo, marcar um encontro da turma da faculdade baseando-nos em alguns índices disponíveis: calor humano, céu triste, nublado, e tempestades à vista. Muito útil, além de nos proporcionar a diminuição de conflitos e dissabores. Pra que se encontrar com gente amargurada, não é?
A ONU andou se metendo no assunto e já criou um ranking de países mais ou menos felizes. Atualmente, os dados são coletados em mais de 150 países. Houve até um convite para os países membros investirem mais na felicidade de seus habitantes, para desenvolverem políticas públicas de estímulo à felicidade. Da minha parte, eu fico contente quando leio um bom livro e posso sair por aí de mãos dadas com minha namorada. E você?