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Vai chover hoje?

Renato Muniz B. Carvalho
Publicado em 26/05/2025 às 18:31Atualizado em 26/05/2025 às 18:47
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Na rua ou em casa, é inevitável oferecer ou ouvir opiniões sobre o tempo. Cá entre nós, na intimidade de nossos botões ou numa rodinha de amigos, é difícil ficar em silêncio quando o assunto é a possibilidade de chuva no fim da tarde ou a chegada de uma frente fria. Dar palpite sobre isso é um direito inquestionável da pessoa, de todas as idades, formação escolar e classe social. A gente pode não entender bulhufas de climatologia, de meteorologia ou de física atmosférica, mas, se nascemos no planeta Terra, é impossível não nos envolvermos nessas questões, é umbilical. Trata-se de um conhecimento ancestral, transmitido por gerações ao longo dos tempos. Basta nascer o sol para alguém sair por aí fazendo prognósticos, refletindo sobre como será o dia, distribuindo pitacos aqui e acolá.

Tem tudo pra dar certo, assim como tem tudo pra dar errado. A previsão, é claro! Eis um terreno em que cada um interpreta como quer, com o devido respeito aos estudiosos do assunto, mas esses fazem ciência, trabalham com estatística, aparelhos e observação sistemática. Aqui, eu estou falando é de joelho doendo — por causa do frio —, de nariz escorrendo, do casaco que minha mãe mandou levar na mochila, de intrincadas análises estéticas sobre o formato das nuvens — sabe aquelas nuvens que se parecem com coelhinhos, com árvores, com algodão-doce? Pois é!

É um terreno escorregadio, cheio de armadilhas e novidades. É um caminho onde cada convicção conta, às vezes transformada em verdadeira tese de doutorado. Quer um conselho: não contrarie seu interlocutor; no mínimo, converse, troque ideias, ouça os argumentos. A coisa pode ficar feia, pode virar briga, pegar fogo, e não me refiro à vegetação seca nos dias de inverno.

Só tem um jeito de sair dessa: estudo e paciência. Paciência para ver como fica, se as previsões se confirmarão ou não ao longo do dia. Deve-se saber que, não raro, costuma chover num bairro da cidade e no outro não. Aí, fica difícil convencer o amigo ou amiga sobre quem acertou. Não deixe de seguir em frente! O dia seguinte é uma incógnita, embora existam velhos ditados que resolvem todas as dúvidas.

A depender de algumas concepções, talvez a previsão do tempo não seja uma ciência. É palpitologia pura, quase filosofia. Tem quem acerte, quem se dedique ao assunto com afinco e orgulho dos prognósticos acertados. Ouso comparar com as boas cozinheiras, que nunca erram a mão no uso dos temperos ou o ponto do doce de leite. Só não peça a receita, que elas não dão. Te olham esquisito, com um misto de dó e pouco-caso. Se não sabe, procure aprender.

Dizem os entendidos que devemos observar os sinais da natureza, o voo dos pássaros, o comportamento das aranhas e dos cupins. Ou consultar a previsão meteorológica nos jornais. A escolha é sua.

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