Viajar é descobrir novos lugares, novas amizades, novas paisagens. Viajar exige grandes sacrifícios, muito dinheiro e paciência inesgotável. Em qual desses perfis você se enquadra? Você é um viajante compulsivo ou ocasional? Viaja a negócios ou a turismo? Não viaja? Não importa, vem comigo.
Desde que a humanidade desceu das árvores, viajar tem sido sua sina, seu fardo, sua fortuna. Quantas histórias já foram contadas sobre viagens? Quantos livros já foram escritos? Quantas desculpas as pessoas inventaram para colocar os pés na estrada? Viajamos à procura de comida, de lazer, de água, para fazer a paz ou para lutar nas guerras. Viajamos para vender mercadorias, para conquistar territórios e para tentar a cura de nossos males. Você viaja por quê? Viaja para onde? Já foi à cidade vizinha? Já visitou o outro lado do mundo ou nunca sequer tomou o ônibus urbano na sua cidade?
O que você busca nas suas viagens? Conhecer culturas diferentes, comprar roupas baratas ou emoções inusitadas? Paisagens incríveis ou amores furtivos? Mera distração ou novas visões do mundo? Já viajou de avião ou tem medo de estar lá nas grimpas do céu? Já viajou de barco, de jangada ou num imenso transatlântico? Ah, de bicicleta, fez trilha e dormiu numa pousadinha supersimpática. Gostou? Escreva nas redes sociais ou grave um vídeo fazendo recomendações.
Muitos viajantes nem ligam para as paisagens, o que importa nos dias de hoje é tirar fotos, gravar vídeos, contar dos perrengues, dos buracos na pista, das malas sem alça que estão pelo caminho. O que interessa é falar da peça exclusiva adquirida na lojinha do fim do mundo, numa cidade da qual sabe-se lá o nome. É contar da roubada em que o grupo se meteu e virou assunto inevitável nos encontros da turma. Sem falar naquela vez em que um pombo mal-educado defecou em alguém e o pobre indivíduo virou motivo de chacota naquele passeio chato à beça à Torre Eiffel. Para uns, o que conta é a gravata caríssima que se consegue comprar pela metade do preço, mas se lembrar do acervo do museu visitado, ao contrário, não é importante. Que museu? Péssimo foi a turma ter passado mal depois de comer coxinhas estragadas no boteco da primeira parada.
Qual é sua praia? Montanha, cidades históricas ou compras? Feiras de malhas, calçados, doces, vinhos, máquinas agrícolas ou turismo religioso? Viaja só ou em grupo? Detesta muita gente, foge de baladas, prefere destinos exclusivos? Afinal, você viaja por quê?
Não espere respostas reveladoras ou imprevistas. Cada viajante, uma sentença, um gosto, um propósito único no mundo, uma fobia inconfessável, a expectativa de uma inesquecível aventura. Viajaremos para quais destinos no futuro? A Lua? Marte? Outras galáxias? O centro da Terra ou para o interior de nós mesmos?
Tenha uma certeza: vamos viajar, nem que seja na maionese.