Tente tomar consciência do que é ser humilde, se puder. Esse é um passo difícil, a íntima e efetiva compreensão da humildade para poder exercê-la na sua essência, não na aparência. Embora que, humilde plenamente como se idealiza para os realmente bons, nunca será, nunca seremos, nem ninguém nesse plano ou nessa órbita. Poderemos absorver a humildade em termos relativos, até exercê-la em termos relevantes para a existência, para evolução própria, eventualmente contribuir, ainda que modestamente, para o avanço da humanidade, caso consiga se fazer humilde de fato. Admitir esse limite já é sentido de humildade. Então, se desejarmos, se pudermos, teremos que esforçar na compreensão desse sentir para entender que a humildade é a porta dimensional para o progresso da alma, para a sublimação pessoal do ser. Até o exercício da caridade há de ser precedido pela humildade, para que alcance o efetivo valor. A rigor, a humildade é o menor caminho para a verdadeira felicidade, para o abrigo pela consagração divina. Não que a divindade queira se impor superior, mas quer ser fraterna na humildade que expressa o maior amor que dedica, singelamente, sem cobrar, apenas sendo simplesmente humilde no amor. Por isso Cristo, em sua compaixão, equiparou-se como gente. Ser humilde é amar. Humildade é o amor sem comparar. Enfim, ser genuinamente humilde não é se apresentar simples, fazer imagem rota, menor, para aferição externa, não é alardear-se como tal. Ser humilde é exercício interno com efeito externo que se faz invisível, mas não insensível. Ser humilde é amar o próximo sem se sentir superior, nem por se achar humilde. Ser humilde é amar com igualdade, com compaixão. Faça isso se puder, façamos isso, pelo menos até o quanto pudermos. Certamente, serão passadas firmes no sentido do caminho para o céu divino.