Mas, afinal de contas, o que anda acontecendo com as enchentes em Uberaba? Faço a pergunta porque...
Mas, afinal de contas, o que anda acontecendo com as enchentes em Uberaba? Faço a pergunta porque, assim como tantos outros, passei muita raiva nas interrupções do trânsito, na confusão toda gerada no centro da cidade com as obras do “Água-Viva”.
Isso, para não dizer deste sentimento desconfiado que se instaura na “alma de contribuinte”, quando vê um projeto de milhões de reais simplesmente não demonstrar os resultados esperados.
Esperados por todos. Inclusive pelo ex-prefeito que, se me lembro bem, dizia estar louco para as chuvas chegarem e ele poder testar a eficiência do projeto. E as chuvas, é bom que se lembre, ainda nem chegaram direito...
Nosso amigo Luiz Guaritá, de volta à vida pública, poderia, assim que acabar de tomar pé da situação, vir a público explicar a nós, ignorantes de plantão, o que se passa afinal no interior das avenidas... Algo não está funcionando.
Nós, uberabenses, na faixa do meio-dia para tarde, já vimos coisas de arrepiar nessa Leopoldino de Oliveira. Não me esqueço do pobre do Zezito, lá de Frutal, que veio passear em Uberaba e acabou virando notícia no Jornal Nacional, onde estreou agarrado a um poste, enquanto as pernas batiam a esmo em uma torrente de água barrenta.
Lembro-me da coletiva do ex-prefeito Wagner do Nascimento, na década de 80, dizendo (e mostrando os locais) que este problema só se resolveria com a construção de três reservatórios de contenção.
Entre tantas e tantas informações e palpites espalhados sobre o assunto, há um que dei atenção especial: a de que seria necessário provocar-se um pequeno desvio no local do encontro dos córregos da Leopoldino e o da Fidélis Reis. Amansar o choque, que se dá a 90 graus, desviando o leito e fazendo o encontro se dar à jusante.
Não sei se esta providência foi tomada nas recentes obras do Água-Viva. O que sei é que o inferno continua e o mínimo que se poderia fazer por enquanto é manter a comunidade informada das providências em andamento.
Quando o córrego era aberto, adornado pela mureta vazada, uma época em que sem paletó e gravata você não entrava no cinema; não ouvíamos falar em enchentes. Talvez porque as águas que desciam dos bairros ficassem retidas no solo, ainda não impermeabilizado pelo asfalto. Pena que o progresso nos tenha cobrado este tributo e que, juntamente com ele, nossos amados administradores não tenham recebido também uma boa e necessária dosagem de competência.