Seja qualitativa ou quantitativa, o fato é que os candidatos precisam desembolsar grandes quantias se quiserem ter um monitoramento minimamente eficiente em suas campanhas. Porém, como são valiosíssimas enquanto ferramentas de planejamento, o jeito é sacrificar outras despesas e priorizar os relatórios das amostragens.
Por isso mesmo as pesquisas, quando ficam prontas, são mantidas guardadas a sete chaves. Quase impossível ter acesso aos números, a não ser pelo reduzido grupo de coordenação. Quem as divulga amiúde, são os veículos de comunicação, utilizando-as como uma forma de ganhar audiência.
E então eis que, numa radiante manhã de sábado, inaugurando Junho, Uberaba quase inteira começa a receber os dados de uma pesquisa, do instituto “F5” com números de preferências eleitorais e avaliação de governo.
Que pessoal caridoso! Liberando assim, graciosamente, informações tão preciosas! Lembrei-me do Ary Toledo, em sua memorável música do Pau de Arara, quando se refere à mulher que o pagava para ver comer gilete – “isso é que é bondade da boa!”
O relatório gentilmente cedido aos uberabenses deixa algumas coisas sem explicar. Por exemplo, nas menções espontâneas de candidaturas a prefeito, o eleitor uberabense já se mostra super resolvido quanto ao número de candidatos. São em número de 7. Não existe menção para outros, como é comum observar-se nesta época distante das eleições.
E há outras coisas estranhas, como o número do registro ser grifado como “MG” e não TSE ou TRE como seria de se esperar.
Porém, nada que possamos reclamar. Afinal, os responsáveis pela pesquisa – que também não sabemos quem são – nos cederam as valiosas informações de forma gratuita e de bom coração. Resta-nos agradecer. Muito obrigado!