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IMPEACHMENT ! .... E DAÍ ?

Minha geração, formada por pessoas que eram jovens demais para lutar contra a ditadura de 64

Tharsis Bastos
Publicado em 16/02/2015 às 09:05Atualizado em 17/12/2022 às 01:24
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 IMPEACHMENT ! .... E DAÍ ?

Minha geração, formada por pessoas que eram jovens demais para lutar contra a ditadura de 64 e hoje são velhos demais para posar de blokbuster nas ruas, viveu um momento, um suspiro de democracia, durante a derrubada do governo Collor de Melo. Que aliás, de pouco adiantou para nossa indigitada pátria. Deixou-nos apenas, nos ouvidos e na memória, o som de uma palavrinha inacessível para os menos estudados.

Impeachment!

Esta é a palavrinha, de origem inglesa, que mais se ouve atualmente Brasil afora. Na tradução literal, “impedimento”. Na versão tupiniquim: revolta, bronca, saco cheio!

Como que despertando de um cochilo pós eleitoral, os iludidos cidadãos do Sul tentam, na marra, o que não foi possível nas urnas.

Porém, a maioria não está entre os que leem, os que raciocinam. A maioria está nos invasores do MST, está nas filas do bolsa-tudo; sem contar uma parcela considerável de estrelados petistas e políticos aliados, que desfrutam da lavagem, servida fartamente.

E é aí que a porca torce o rabicó... A quem caberia conduzir o impeachment do atual governo? Exatamente ao mangueirão... O chiqueiro lamacento em que se transformou nosso Congresso Nacional. Antro de escrotos colunáveis.Sim, eu sei, existe uma minoria bem intencionada. Aliás, minorias bem intencionadas pululam no inferno. O que não se vê – sequer no horizonte – é um futuro sólido para o Brasil, com ou sem impeachment.

Porque após quinze anos de prostituição petista, o que temos é um país contaminado de cabo a rabo. Rouba-se do povo descaradamente, de norte a sul. Rouba-se dinheiro público com a mesma desfaçatez com que um trombadinha arrasta uma bolsa de idosa.A servente do grupo aprendeu que pode levar para casa o melhor da lataria destinada à merenda. Basta que a direção da escola não saiba. A diretora descobriu que pode engordar seu magro salário garantindo vaga para alunos de pais abastados. Os prefeitos das mais de 5 mil cidades brasileiras, encerram suas gestões com a riqueza pessoal multiplicada por 100, às vezes 200 mil vezes o que possuíam.

Rouba o soldado, corrompe-se o comandante. Vende-se o juiz... Qual implacável metástase cancerígena, a corrupção desceu seu manto pútrido sobre a nação brasileira. De cada dez habitantes tupiniquins, pelo menos 9 vão dormir pensando em que golpe aplicar amanhã para continuar subsistindo no país dos jeitinhos.

E chegamos aos dias atuais! Da mesma forma que ontem a esquerda berrava por dignidade e justiça social, hoje a direita bem nutrida berra por intervenção militar. Uma sociedade fendida entre coxinhas e bolivarianos... Um espetáculo delicioso para os maliciosos olhos do primeiro mundo, que busca, por seu lado, tirar vantagem da fraqueza alheia.

No barraco imundo da favela arquiteta-se contrabando internacional de drogas. No palácio feérico da zona sul, estuda-se o golpe biliardário contra o banco de desenvolvimento social. Tudo se arquiteta para o roubo. Tudo se faz em nome da vantagem obscena...

Este é o ambiente de desesperança que minha geração, melancolicamente, atravessa no Brasil. Um momento especialmente cruel de nossa História em que se corrermos, o bicho pega... E se ficarmos.... já nos comeram!O impeachment desta casa de tolerância chamada “governo-petista” poderá se dar pelas mãos emporcalhadas de um Congresso prostituído. O afastamento da quadrilha diabólica que hoje assalta o país, poderá ocorrer pela intervenção dos quartéis. Ou então, com o arrastar dos anos, a substituição se dará naturalmente. O fruto apodrecido pelo tempo simplesmente se descolará do tronco.

Seja qual for o destino das prostitutas atuais que nos dirigem, estes anos ficarão para nossa geração como um ensinamento e um castigo. A pátria que, quando meninos, aprendemos a amar e respeitar, é apenas o berço esplêndido onde se chafurdam alguns dos mais hediondos espécimens da raça humana...

Restou-nos orar por um futuro melhor para os nosso descendentes. E quanto a nós mesmos, apenas plagiar o velho e bom Tayguara: Ah sorte, eu não queria a juventude assim, perdida !

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