Petista, bolsonarista, progressista, conservador... nosso Brasil entrou por uma senda que não nos levará a lugar nenhum. A multidão imensa de excluídos, uns desinformados outros desinteressados, segue em sua batalha do dia a dia, enquanto os poucos responsáveis pelo destino do barco pensam exclusivamente em seus próprios interesses.
Agora temos esse ingrediente novo no cenário – a Suprema Corte! Como se não bastassem os nossos queridos políticos, vivemos na atual quadra uma espécie de diarreia institucional. Não se sabe mais quem manda no país. Quem capitaneia o barco...
Esse último (e grande) pepino brotou de uma obviedade: - magistrados escolhidos pela esquerda fazem de tudo para detonar os “inimigos” da direita! É uma guerra suja onde vale tudo – dedo no olho, chute nos testículos... e até algum ingrediente externo, como o atual governo dos EUA.
Algo está muito errado! E suspeito que essa militância política do STF só ajuda a entornar mais e mais o grosso caldo. Explico com uma pergunta: o que nós deveríamos esperar de nossa Suprema Corte? Não deveria ser um grupo recatado, quase anônimo, composto por circunspectos doutores e doutoras de renomado saber jurídico, dos quais mal saberíamos os nomes?
Só que não.... o que vemos é um protagonismo escandaloso. A nossa maior consultora final, a Corte que deveria ser a grande solucionadora dos impasses, a palavra última de nossas contendas, tornou-se mais um pepino! Alguns de seus componentes são hoje mais conhecidos que craques do futebol. Seus nomes são comentados em rodas de botequins entre gritos e apupos.
Dentro de algumas semanas iremos assistir um teatro de mau gosto, com a mesma Corte “de esquerda” julgando um dos ídolos da direita. Até os meninos do grupo escolar já sabem o resultado, mas, não é aí que está o problema! O verdadeiro pepino é “como vamos consertar tudo isso?”.
Recentemente, aqui mesmo nessas páginas, escrevi sobre a urgente necessidade de termos uma nova Constituição e na ocasião lembrei da necessidade de a mesma ser concebida por assembleia exclusivamente eleita para tal fim. Sinceramente, não vejo outro caminho.
Para corrigir esse critério de escolha dos supremos magistrados; para acabar com essa distorção dos orçamentos públicos engessados, obrigando gestores a “inventarem despesa” ou manobrar rubricas, muitas vezes indevidamente. Para colocar um fim no voto universal em um país de tamanhas dimensões, distritalizando a escolha de nossos representantes. Para reanalisar se o presidencialismo é mesmo o melhor regime.
Enfim, há muito o que se consertar, lembrando que a vida é assim mesmo. Vamos, eventualmente, errando pelo caminho e, também, eventualmente, consertamos!
Desculpe caro leitor, mas essa última frase vou destinar a uma única pessoa, caso ela esteja lendo: “Olha, esta é uma daquelas horas em que seria bom o Senhor provar que é realmente brasileiro!”
