A coisa funciona assim: você, coroa aposentado como eu, em um determinado dia precisou de uma grana extra. Fez um empréstimo “consignado” no banco onde recebe sua aposentadoria e agora, mês a mês, descontam uma parcela em suas mensalidades.
Recentemente, ao que tudo indica, o pessoal do governo, da Economia ou da Fazenda, sei lá, entendeu que os juros cobrados nessas mensalidades são extorsivos e autorizou empresas financeiras a renegociarem o débito. Ou seja, eles “compram” sua dívida e te cobram um valor menor de mensalidade, inclusive reembolsando o excesso cobrado nas parcelas já pagas. Pelo menos é o que prometem!
A verdade é que nessas últimas semanas os pobres diabos, como eu, que estão pagando empréstimos consignados, passaram a receber uma verdadeira avalanche de ligações. É um assédio de 50 ou 100 empresas de créditos que fazem da sua vida um inferno. Todas mui “prestativas” em busca de uma “renegociação de juros”.
Eu estou escrevendo isso aqui não é apenas por estar indignado com o assédio de centenas de ligações de “telemarketing”. O que mais me irrita é saber que para terem o meu telefone, saberem qual é meu banco, qual é minha conta corrente e os detalhes dos empréstimos que fiz, evidentemente só poderiam ter uma única fonte informadora: o INSS!
Está mais do que claro que, apesar de toda a propaganda de nosso Presidente Bolsonaro, que não rouba e nem deixa roubar, ainda restam muitos ratos em seu porão. Ratos que vendem informações sigilosas e causam esse inferno na vida de aposentados: a maioria deles pouco letrada e bastante ingênua para certos assuntos da economia.
Acorda, Presidente! Acorda, Ministro da Previdência! Existe um prostíbulo funcionando dentro do seu quintal. Chama-se INSS...
Tharsis Bastos
Jornalista