Lembranças únicas de um indivíduo ou coletivas de um povo sempre são bem-vindas, pela presença do bem ou pela fortaleza que traz o mal se bem enfrentado! Como não sentir alegria e saudade ao olhar uma recordação afetuosa? Resistentes ao tempo, carta, foto ou mobília, podem marcar o início de um caminho! Ou trazer à tona do inconsciente o que está guardado embaixo da realidade.
Vez por outra, ressurgem, da história, expoentes fortes e destemidos que venceram o tempo. Neste Setembro, o amarelo pela vida se junta ao verde pela “Pátria amada Brasil”! Por intermédio da mídia televisiva, rádio, jornal e internet, relembramos o trabalho árduo de Ulysses Guimarães, entre outros, em busca da legislação maior que rege a orquestra da vida brasileira – a nossa Constituição de 1988. Como não ter os sentimentos de patriotismo e gratidão, pelo que muitos cantam, encenam, brigam, colaboram, estudam, enfim, lutam pela existência da justiça, da “liberdade, igualdade e fraternidade”?
Cada aspecto da vida – familiar, acadêmico, profissional, religioso, social, econômico, político – em sua relação espaço-temporal é influenciado pela memória, ou seja, pela forma como as informações são armazenadas e utilizadas frente aos diferentes contextos externos. Em meio a uma situação conflitante, a escolha deve dirigir-se para a possibilidade de continuar a viver, enfrentar o tempo para se fortalecer e voltar renovado para enxergar, com clareza, outra dimensão. Segundo Friedrich Nietzsche (filósofo prussiano do século XIX), “tudo o que não me mata torna-me mais forte”. Ao defender a existência da vontade de poder para criar e recriar, este autor, contudo, abraça a inexistência de ídolos e muletas metafísicas.
Como tantos heróis, você que inicia um caminho não se deixe abater pela crítica impiedosa de quem se acha dono da verdade. Que você não se cale diante da insegurança alheia que se mostra como um Golias. Que você não se omita na busca da verdade pelo temor de errar. Não importam erros cometidos. Esqueça-os! Perdoe-se! Que você não perca a alegria diante de um mundo sem cor.
Se o pensamento voar para o passado, pode trazer a depressão diante do sentimento da tristeza vivida ou da alegria que se acabou. Se pousar no futuro, gerar ansiedade diante do sentimento de angústia pela espera. Depressão e ansiedade são chagas que acometem a humanidade e exigem atenção médica e espiritual. Especialistas e estudiosos destes temas têm recomendado vivermos o agora – único momento que, realmente, existe! Não se cobre pela vida ideal. Afinal, Jesus cita o Salmo 82:6 para lembrar aos judeus que a Lei se refere aos homens comuns como deuses (João 10:34). Vamos ser gratos ao pensar, sentir e colocar em prática: “eu gosto de mim”!
Profa. Dra. Vania Fonseca
Bióloga e Pedagoga