Apresento-lhes um recorte de vida simbolizado por uma Senhora e uma criança de oito anos de idade, Vitória, que passeiam por entre o colorido de tintas e pincéis em uma papelaria. Neste mágico cenário, a criança é interrogada diante da constatação de sua fartura: – “você tem tudo!”. E responde: – “não tenho paz!”. Este estado emocional, causado pelo ciúme do irmão de dois anos, reflete uma faceta da rotina de um lar, da Classe Média brasileira, em que todos lutam pela conquista de espaço para vivência com tranquilidade e exterioriza o universo de cada um.
Tal relato comum nos leva a extrapolar essa realidade, a deduzir a falta de condições para a educação em uma família que sobrevive abaixo da linha da pobreza e habita um cômodo de papelão! Permite questionar a “normalidade” de conflitos que se manifestam em batalhas armadas ou não, presentes entre os humanos. Terror e beleza, ainda, misturam-se no Planeta azul, após as atrocidades cometidas na Segunda Guerra Mundial, ocorrida entre 1939 e 1945.
Atualmente, a guerra entre Rússia e Ucrânia verifica-se no microcosmo de cada indivíduo em toda a Terra e tem por causa, sobretudo, o egocentrismo aplicado às necessidades de ampliação territoriais, por governantes que priorizam seus próprios interesses, sem considerar vidas alheias.
Quando teremos paz? No tempo em que a vitória se instalar na alma de cada indivíduo, que dispensa a conquista pelo mérito coletivo! O universo conspira a favor da escolha individual! Inicialmente, podemos relutar em não compreender o que a vida quer nos mostrar. Ao final, concluímos que as decisões são partes de cada um. Você na encruzilhada, um abre mão, o outro luta! Pela sabedoria da vida, diante de compromissos assumidos na teia do tempo, vence quem mais ama!
Do nascituro ao idoso, estamos em fase de crescimento, em espera por bênçãos que são equivalentes à compreensão de cada vivente, que experimenta, além da vida, a morte pelos desejos malfazejos incontáveis!
Enfim, não há encruzilhada! Há momento para refletir, trazer, à tona, a escolha predeterminada e dormente no inconsciente – mundo paralelo de cada um!
Profa. Dra. Vania Fonseca
Bióloga e Pedagoga
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