A Bíblia nos relata o relacionamento de Jesus com Deus e, assim, a cognição humana alcança Deus mediante Jesus. Na sucessiva conquista do macro ao microcosmo, da matéria ao espiritual, do ser profano ao divino, estrutura-se a vida. Estamos imersos no hálito divino – o fluido cósmico universal. E, na sequência infinita do tempo, alcançaremos o “sois deuses” (Bíblia, João 10:34).
Desde o início de tudo que nos está posto, um elemento químico (átomo com prótons, nêutrons, elétrons) se junta a outro e formam-se moléculas. Por exemplo, dois átomos de hidrogênio unem-se a um de oxigênio e estrutura-se a água – molécula visível, presente em célula microscópica composta por organelas com funções específicas para a manutenção da vida: núcleo com genes para comando hereditário, mitocôndria – central de energia, entre outras. Ou seja, a vida emerge do que não vemos!
Neste caminhar biológico, células se tornam tecidos (epitelial, muscular, ósseo, nervoso...) formadores de órgãos (coração, pulmão, ossos, cérebro...) que, unidos em sistemas (circulatório, respiratório, esquelético, nervoso...), concretizam a realidade do corpo humano – equivalente a uma célula ampliada observada pelo olhar carnal dentro das limitações evolutivas da racionalidade humana.
Deduz-se que, na natureza, há um padrão de formação do simples para o complexo! Um corpo humano se junta a outros, formam-se famílias, sociedades, países que vivem em orbes com estrelas, reunidos em galáxias envolvidas pela energia universal divina que a tudo forma e conduz. E, com o aval do livre-arbítrio, cada ser humano progride pelo “amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” (Bíblia, Mateus, 22:37), “amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Bíblia, Mateus, 22:39).
E, no devir pelo tempo, avança a alma – ora se veste de corpo físico, ora se livra da matéria visível para viver em espírito! Em cascata, faz-se o progresso via “se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Bíblia, João 3:3), ao transbordar pensamentos inconscientes para a consciência das sensações, percepções e emoções.
Embora, em algum momento, possamos nos afastar da energia divina, gravitamos em busca de suas máximas: pensar para alcançar a sabedoria, sentir para a prática do amor e agir em acordo com a justiça. Há tempo para se regenerar, voltar aos seus braços pela dádiva das reencarnações sucessivas, pois já foi dito: “não é da vontade de vosso Pai celeste que pereça um só destes pequeninos” (Bíblia, Mateus, 18:14).
Morte é apenas processo para renascimento! Vida é objetivo para divindade. Como Toquinho canta em Aquarela: “nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá; o fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar”.