ARTICULISTAS

Percepção do cotidiano: laços e abraços em 205 anos!

Vania Fonseca
fonseca.vm2020@gmail.com
Publicado em 10/03/2025 às 18:31
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Em qual situação a dor é mais intensa: aos olhos de quem a presencia e não deve interferir ou na cegueira de quem a busca? Este dilema é percebido em muitos lares que, em busca da união familiar, são desfeitos pelo confronto de personalidades que não se enxergam, mas veem os erros em seus pares. O casal se une pelo matrimônio, vive as ilusões do primeiro tempo, luta arduamente nos seguintes e termina exausto com a toalha da amizade estirada ao solo! Em meio às desavenças diárias e aos novos recomeços, cada um tem em si a certeza da boa conduta e das intenções sem máculas. Há “choro e ranger de dentes”, o sofrimento grita alto aos ouvidos surdos, apela-se para Deus e há revolta contra a sua “pesada mão”. Vê-se o cisco no olho alheio, incapaz de perceber a própria ignorância. Brigas se sucedem, tornam-se drogas que viciam os amantes quando comparadas ao sabor morno dos momentos de paz. O caos se instaura na família e, consequentemente, a violência na sociedade. A quem for solicitada ajuda, resta o silêncio em face do livre-arbítrio de cada um, e a Deus, a presença pelos sinais celestes: voz da própria consciência ou conselhos alheios, que o indivíduo não escuta perante o olhar da vítima real.

Assim, caminha a humanidade “entre tapas e beijos”, em diferentes graus de tortura para quem fere ou é ferido! Como parar a escalada na montanha-russa das emoções? Como deter a explosão de uma bomba atômica por chefes de países que se comprazem no individualismo e na soberba de se verem deuses de continentes? Como alcançar a terra inóspita de corações endurecidos antes de suas vítimas serem dizimadas? Aqui, restam-me o silêncio e a certeza de que a dor no ofensor poderá trazer-lhe a consciência da paz!

Ou..., diante de cada dissabor, reinventar outro olhar em um novo amor! Desta forma, a vida é tecida sem mesmices, ao costurar sua grandeza entremeada por narrativas de fatos reais, doces ou amargos. Como em Águas Cristalinas de outrora, esbarram-se o tempo e os amores em cada calçada ou em terra batida, do Santuário da Medalha Milagrosa à igreja de Santa Rita! Hoje, Uberaba, quem ainda os canta? Saudade das mãos dadas aos abraços apertados nas almas queridas, ausentes, mas não esquecidas!

Dos corações distantes, a emoção decola para o céu da terra querida, em 02/03/2025, ao perceber o espetáculo apresentado pela Esquadrilha da Fumaça que nos lembrou de seu aniversário – 205 anos! Parabéns, Uberaba, que escreve sua história sobre os passos de dinossauros, bandeirantes e Chico Xavier, no Geoparque Uberaba – Terra de Gigantes! (Referência: CAVALCANTI, J. A. D.; DANTAS, M. E.; BAPTISTA, M. C.; SILVA, J. B. da. Mapa do patrimônio geológico do Geoparque Uberaba – Terra de Gigantes. Disponível em: https://rigeo.sgb.gov.br/handle/doc/22944. Acesso em: 08 mar. 2025).

 Profa. Dra. Vania Fonseca

Bióloga e Pedagoga

fonseca.vm2020@gmail.com

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