VANIA FONSECA

Percepção do cotidiano: lei da semeadura

Vania Fonseca
Publicado em 25/01/2023 às 18:15
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Como conter a fera que, ainda, insiste em mostrar a sua fúria na alma humana? Parte interna, controla o apetite exagerado por bens materiais, a necessidade de satisfação imediata e, se permitida, pode trazer o caos e superar a presença do anjo. Como dosar o olhar ingênuo do espírito juvenil que não enxerga os limites entre seu próprio desejo e a astúcia de outros?

Refletir sobre essa questão nos remete às possíveis causas da manifestação do ódio e da insensatez. Constata-se, na infância, o choro diante da vontade não atendida, a birra frente a não conquista do brinquedo desejado. Assim, comporta-se o indivíduo adulto, portador da coragem ancorada na falta de ponderação ou no complexo de menos valia, quando contrariado em seus interesses.

No Cristianismo, encontramos a figura expoente do homem Jesus a mostrar as mazelas que nos são próprias, refletidas em seu pequeno número de discípulos. Cada um exemplificou a cobiça, o ciúme, a fraqueza da carne, a maledicência, a revolta, ou seja, os frutos da ignorância humana. Movido em suas entranhas, pela possibilidade do ganho de moedas, Judas apoiou sua atitude traidora na intenção política, como justa frente à causa merecedora de um salvador! Diante de sua imaturidade e fora do alcance de suas mãos, tentou resolvê-la apressadamente.

Como Judas, há outros iludidos pelo discurso vazio, sem a compreensão de que não se muda uma concepção ideológica, com atitudes que ferem os princípios da ordem e da justiça! Pelo brilho do ouro, acreditam-se com poder para mudar o destino de uma nação!

Em consequência da ingenuidade, da arrogância ou da falta de autoestima, o indivíduo afoito pode viajar em projetos mal conhecidos e, quando acorda, vê-se aprisionado pela influência alheia. Cabe cuidar-se para que a insatisfação não progrida à altura de ressentimento que possa gerar ações extremas e radicais. “Keep calm” ou “orai e vigiai” são remédios viáveis para a alma infeliz!

Enfim, escolher estar na treva ou na luz com o olhar alheio, não se isenta da responsabilidade pela colheita dos frutos. Em Provérbios 12:14, Salomão, Rei de Israel, afirma: “Cada um se fartará do fruto da sua boca, e da obra das suas mãos o homem receberá a recompensa”.

Profa. Dra. Vania Fonseca - Bióloga e Pedagoga (fonseca.vm2020@gmail.com)

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