ARTICULISTAS

Percepção do cotidiano: mundo íntimo

Vania Fonseca
Publicado em 30/06/2022 às 19:11Atualizado em 18/12/2022 às 21:52
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Um pássaro avizinha-se deste cenário, quase desmaiado! Talvez, a morte tenta lhe assaltar a vida. Em outros ângulos, independentemente da idade cronológica, indivíduos deparam-se, também, com o desafio de vencer a morte! Atualmente, catástrofes diversas são percebidas pelos “antenados de plantão” e desconhecidas pela maioria vivente em própria bolha. Temos vivido, corriqueiramente, com a presença da morte e a possibilidade da existência de vida em um plano extraterrestre.

Estados Unidos da América, Elon Musk (Tesla; SpaceX), Jeff Besos (Amazon; The Washington Post), pretendem construir uma base para moradia na Lua, com vistas à exploração de Marte! Cientistas e videntes prenunciam encontros com Ovnis (objetos voadores não identificados) portadores de outras formas de vida. Acelera-se, também, o processo de conquista de mundos internos, em busca da compreensão da alma. Neste devir, a velocidade das informações transforma crianças e adultos em sujeitos ansiosos e depressivos, em busca de saúde mental!

A precaução humana ou a desmedida cobiça busca por outros mundos, na iminência do caos terrestre! Colonização de Marte atesta este fato! O estado de revolução externa traz cansaço, sensação de impotência diante da busca por soluções que parecem inatingíveis. Aonde ir frente a muitos discursos de ódio que permeiam nossa rotina diária? Ao encontro de si mesmo, de perspectivas próximas e altruístas! Ufa..., resta a não desistência do encontro com a harmonia e aconchego que podem existir dentro de cada um de nós. Este deveria ser o campo de batalha promissor, a ser focado, para o encontro da paz universal! A insegurança do viver leva à conquista de mundos distantes, na visão imediatista do colonizador que se afasta da solução que pode ser encontrada em si mesmo!

Observa-se que os habitantes deste “Planeta Azul”, ainda, falam diferentes línguas em seus corações, que dificultam o encontro com a “liberdade, igualdade e fraternidade”! Tão longe vai o olhar humano, todavia a vaidade e o orgulho impedem a visão da terra fértil em cada um. Até quando iremos procurar, nas alturas celestes, a estrela que habita em nós? Até quando buscaremos Ovnis e não enfrentaremos os monstros que residem no mundo íntimo? Como escreveu Carl Gustav Jung (Psicologia e Religião, vol. XI): “Mas, o que acontecerá se descubro, porventura, que o menor, o mais miserável de todos, o mais pobre dos mendigos, o mais insolente dos meus caluniadores, o meu inimigo, reside dentro de mim, sou eu mesmo, e precisa da esmola da minha bondade, e que eu mesmo sou o inimigo que é necessário amar?”

Profa. Dra. Vania Fonseca

Bióloga e Pedagoga

fonseca.vm2020@gmail.com

 

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